sábado, 27 de dezembro de 2008

SÓ A DEUS GLÓRIA [III] - Soli Deo Gloria


Rm 11:33-36

Introdução: Esta ultima mensagem é um convite a pensamos sobre a glória de Deus e tem como objetivo convencê-lo a crer que...


O FIM SUPREMO E PRINCIPAL DO HOMEM É GLORIFICAR A DEUS E [AO] TER NELE A SATISFAÇÃO PLENA E ETERNA.

[Resposta a pergunta n°1 do Catecismo de Westiminster – Qual é o fim principal do homem?]

S.I. Quais algumas perguntas cruciais a se fazer para que o homem venha a entender e cumprir o principal propósito de sua existência?
S.T. Faremos algumas perguntas e daremos suas respectivas respostas à luz da Palavra de Deus para que o homem conheça, se convença e cumpra seu propósito final...

I. O QUE É A GLÓRIA DE DEUS?

1. É a manifestação externa de todos os atributos de Deus.
2. A glória de Deus é o fim de tudo!

II. O QUE É GLORIFICAR DEUS?

1. Apreciação [Avaliar como algo precioso]
2. Adoração
3. Afeição
4. Sujeição

III. POR QUE NÓS TEMOS QUE GLORIFICAR DEUS?

1. Por Ele nos fez
2. Deus fez todas as coisas para Sua glória.
3. Porque tudo glorifica a Deus.
4. Porque Ele nos Redimiu do Pecado

IV. DE QUANTOS MODOS PODEMOS GLORIFICAR NÓS DEUS?

1. Deus é glorificado quando apontamos Sua glória em nossas ações.

Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. [I Co 10:31]

Deus deve ser o fim ultimo de todas as ações. Um hipócrita busca sua glória, ele deseja ser exaltado no que realiza.

Quando, pois, deres esmola, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. [Mt 6:2]

A trombeta anunciava a esmola, assim a esmola não era feito para glória de Deus, mas pela busca de aplauso e honra. Se era isso que eles queriam eles tinham, e só isto!

Uma das estratégias do diabo para enredar os homens é a vã glória. Ele sabe que não receberá louvor e exaltação de alguns homens, mas ele não quer que Deus seja glorificado então ele incita a glória pessoal ou orgulho.

Em dia designado, Herodes, vestido de trajo real, assentado no trono, dirigiu-lhes a palavra; e o povo clamava: É voz de um deus, e não de homem! No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou. [At 12:21-23]

Como o bicho-da-seda que realiza seu trabalho oculto debaixo da seda, não sendo visto assim tudo deve ser ocultado debaixo do véu da humildade.

2. Deus é glorificado quando confessamos nosso pecado.

Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, [Sl 51:4]

E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. [Lc 15:21]

Deus é glorificado quando reconhecemos nossa culpa, nosso pecado! Uma confissão humilde exalta a Deus. Adão não negou que comeu o fruto, mas não confessou, antes culpou a mulher e a Deus.

O ladrão na cruz viveu desonrando a Deus em sua vida, mas em sua morte ele trouxe glória a Deus por confessar seu pecado.

Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. [Lc 23:41]

A confissão deve ser livre e sincera. Há confissões que não vêem fruto de um quebrantamento e sinceridade. Apenas um reconhecimento humano! Quando reconhecemos nossos erros e pedimos perdão. Quando reconhecemos que estamos errados e buscamos a reconciliação com aquele que nós ferimos Deus é glorificado!

3. Deus é glorificado quando confiamos nEle.

Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus [Rm 4:18-20]

A fé glorifica a Deus. A confiança nas promessas de Deus o glorifica. A incredulidade é uma afronta a Deus. A fé honra a Deus.

É uma grande honra dada a um homem quando nós confiamos nele, assim também glorificamos a Deus quando nós pomos nosa confiança nEle; é um sinal que nós o temos como máxima consideração.

Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste. [Dn 3:17-18]

4. Deus é glorificado quando somos frutíferos

Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. [Jo 15:8]

É uma desonra a Deus ser estéril. Muitos infelizmente são como a figueira que Jesus amaldiçoou

E, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente. [Mt 21:9]
Fé santifica nossas obras, e obras testemunham nossa fé.

Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. [Mt 5:16]

5. Deus é glorificado quando estamos satisfeitos na sua soberana providência.

E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR! [Jó 1:21]

Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. 10 Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. [Jó 2:9-10]

Quando nós estamos satisfeitos com os propósitos de Deus em nossas vidas, mesmo que isto signifique abrir mão de nossa vontade e desejo, mesmo que isto signifique dor e sofrimento, humilhação e morte!

Um cristão glorifica a Deus quando diz: Deus é quem me pôs nesta condição; Ele poderia me ter elevado mais alto, se fosse do seu agrado, ou poderia ter me humilhado mais ainda. Certamente Ele fez isto por amor e por sabedoria.

" Uma estrela de Rock, filha de um pastor metodista, sofreu um aborto. À idéia de que este acontecimento doloroso estava na vontade de Deus ela respondeu: “Se estava, então eu chutarei o traseiro dEle, porque não estou interessada em “seja feita a tua vontade” sendo mãe desta criança, eu quero a minha vontade e não tua” [John Piper – Provai e Vede - p.24]

Quando estiver em fartura glorifique a Deus, quando estiver em escassez glorifique a Deus.

Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. [Mt 26:26].

Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. [Hc 3:17-18]

6. Deus é glorificado quando crescemos no conhecimento de Cristo

Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno. [II Pe 3:18]

Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; 13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. [Fp 2:12-13]

Deus é glorificado quando estamos crescendo na vida cristã. Deus é glorificado quando eu aprendo mais da Palavra, quando tenho uma vida de oração, quando tenho uma vida de comunhão com o corpo de Cristo.

7. Deus é glorificado quando defendemos sua verdade.

Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. [Jd 3]

Quando somos defensores de sua verdade nós o glorificamos. Essa é uma grande luta da igreja na história. Muitas vezes somos covardes diante de situações ou omissos. Alguém afirma algo que é contra a verdade de Deus, algo que é condenável à luz da Palavra e ficamos silentes. Muitas vezes por ignorância ou por covardia nos calamos. Precisamos de guerreiros da verdade. Soldados que manejem bem a Palavra da verdade.

Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. [II Tm 2:15]

É lamentável saber que pessoas não conhecem sua doutrina, não conhecem suas crenças e nem ao menos sabem defendê-las. Por não estarem engajados na luta pela verdade, a mentira e a ignorância proliferam como uma erva daninha.

8. Deus é glorificado quando lutamos por levar outros a Cristo

Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele. [I Co 9:19,22-23]
Assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos. [I Co 10:33]

Certamente Deus é glorificado quando labutamos pela causa do evangelho. Quando lutamos para ver a mensagem do evangelho chegando mais longe. Quando lutamos por anunciar ou fazer de tudo para que outros conheçam ao Senhor.

É lamentável ver que gastamos tempo, esforço e recursos em tantas coisas passageiras e infelizmente não investimento em vida e principalmente na salvação de outros.

9. Deus é glorificado quando nós sofremos por Cristo.

Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida.[Ap 12:11]

Pedro glorificaria a Deus morrendo por causa do evangelho [Jo 21:18]. Os mártires cristãos glorificam a Deus quando sofrem e morrem por sua fé. Paulo foi decapitado! Quantos cristãos ao longo da história sofreram horrores porque afirmaram seguir a Jesus. Muitos foram queimados, outros lançados no coliseu as feras. Outros decapitados. Outros flechados e martirizados por índios. Regaram a semente do evangelho não só com lágrimas, mas com o próprio sangue!

10. Deus é glorificado por uma vida santa.

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; [I Pe 2:9]

Deus é glorificado quando você o obedece e rejeita o pecado. Quando você é honesto e justo. Quando você é um pai/mãe que instrui e educa seu filho na Palavra, quando você é um esposo que lidera seu lar e ama sua esposa. Quando é uma esposa que respeita seu esposo! Quando você é um bom cidadão, quando você estende seu braço para alguém e o ajuda. Quando você abre a mão ao necessitado.

Conclusão:

Lembre-se: O FIM PRINCIPAL DE SUA VIDA É GLORIFICAR A DEUS E TER NELE TODA SUA ALEGRIA

Seu fim principal não é tão somente adquirir propriedade, ficar rico ou mesmo adquirir grandes conhecimentos. Use sua vida, seus talentos, sua riqueza e seu fôlego para a glória de Deus. Procure a gloria de Deus em tudo. Não roube a glória de Deus. Vivendo de uma forma relaxada e não sendo zelosos para com Deus. Reprove e se levante contra tudo e contra todos que lutam contra a glória de Deus. Abomine e rejeite todo ato de quem quer que seja quando aquilo não é para glória de Deus.

Pr. Luiz Correia
[Deus meus et omnia]

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

SÓ A DEUS GLÓRIA [II] - Soli Deo Gloria


Rm 11:33-36

Introdução: Esta ultima mensagem é um convite a pensamos sobre a glória de Deus e tem como objetivo convencê-lo a crer que...


O FIM SUPREMO E PRINCIPAL DO HOMEM É GLORIFICAR A DEUS E [AO] TER NELE A SATISFAÇÃO PLENA E ETERNA.
[Resposta a pergunta n°1 do Catecismo de Westiminster – Qual é o fim principal do homem?]

S.I. Quais algumas perguntas cruciais a se fazer para que o homem venha a entender e cumprir o principal propósito de sua existência?
S.T. Faremos algumas perguntas e daremos suas respectivas respostas à luz da Palavra de Deus para que o homem conheça, se convença e cumpra seu propósito final...

I. O QUE É A GLÓRIA DE DEUS?

1. É a manifestação externa de todos os atributos de Deus.
2. A glória de Deus é o fim de tudo!

II. O QUE É GLORIFICAR DEUS?

1. Apreciação
2. Adoração
3. Afeição
4. Sujeição

III. POR QUE NÓS TEMOS QUE GLORIFICAR DEUS?

“Todas as coisas” inclui todas as coisas no universo vieram de Deus e são sustentadas por Deus e foram feitas para Ele. Ele é a fonte de tudo. Ele é o agente por meio da qual tudo subsiste e tudo tem como fim ele próprio. O universo não foi feito para nós, o fim do universo é o próprio Deus. Deus não fez o universo porque estava carente ou solitário, porque tinha alguma necessidade ou insuficiência.

1. Por Ele nos fez

Ele é o nosso criador. É uma bondade imensa Deus nos dar a vida. O fôlego e tudo que temos vêm do Senhor. Paulo afirma: “...pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” [At 17:28]. Ele por sua graça e bondade nos mantém vivo. Se dependemos dEle é lógico que deveríamos viver para Ele. Não somos fruto do nada e não caminhamos para o nada. O fato de sermos criados nos confere dignidade e valor.

2. Deus fez todas as coisas para Sua glória.

A glória de Deus é o alvo de tudo que existe. É o fim de toda criação. Deus criou o universo a fim de revelar sua gloriosa beleza. Se o homem não vive para a glória de Deus sua existência é sem sentido. A glória de Deus não será aumentada ou diminuída se caso o homem viva ou não para ela. Ele tem glória em si mesmo.

Deus será glorificado em tudo, mesmo no pecador, rebelde quando sua justiça for vindicada e satisfeita. Quando todos os arrogantes, blasfemos, rebelde, impenitente estiverem sofrendo a justa punição, ali Deus será glorificado!

Pv 16:4 O SENHOR fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade.

Quando Deus quebra a arrogância do soberbo e o humilha ali Deus é glorificado.

Ex 14:17 Eis que endurecerei o coração dos egípcios, para que vos sigam e entrem nele; serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus cavalarianos;

3. Porque tudo glorifica a Deus.

a. As coisas inanimadas glorificam a Deus [Sl 19:1]. O universo grita: glória a Deus!

As cores, os sons, as pedras, o mar, a água, o firmamento, o por-do-sol, aurora boreau, a chuva, o sol, a lua, as estrelas, o vento...

Sl 103:22 Bendizei ao SENHOR, vós, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR.

b. Os seres vivos glorificam a Deus

A fauna e flora glorificam a Deus [Sl 150]. O espetáculo de uma semente crescer e frutificar. Um fruto que você degusta e aprecia. A sombra que você desfruta. Os pássaros com seus cânticos, o canto dos pássaros, o andar da tartaruga, o ciclo da vida, os macro e o micro cosmo!

Salmo 29:1 Salmo de Davi Tributai ao SENHOR, filhos de Deus, tributai ao SENHOR glória e força. 2 Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade. 3 Ouve-se a voz do SENHOR sobre as águas; troveja o Deus da glória; o SENHOR está sobre as muitas águas. 4 A voz do SENHOR é poderosa; a voz do SENHOR é cheia de majestade. 5 A voz do SENHOR quebra os cedros; sim, o SENHOR despedaça os cedros do Líbano. 6 Ele os faz saltar como um bezerro; o Líbano e o Siriom, como bois selvagens. 7 A voz do SENHOR despede chamas de fogo. 8 A voz do SENHOR faz tremer o deserto; o SENHOR faz tremer o deserto de Cades. 9 A voz do SENHOR faz dar cria às corças e desnuda os bosques; e no seu templo tudo diz: Glória!

Salmo 148:1 Aleluia! Louvai ao SENHOR do alto dos céus, louvai-o nas alturas. 2 Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todas as suas legiões celestes. 3 Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes. 4 Louvai-o, céus dos céus e as águas que estão acima do firmamento. 5 Louvem o nome do SENHOR, pois mandou ele, e foram criados. 6 E os estabeleceu para todo o sempre; fixou-lhes uma ordem que não passará. 7 Louvai ao SENHOR da terra, monstros marinhos e abismos todos; 8 fogo e saraiva, neve e vapor e ventos procelosos que lhe executam a palavra; 9 montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros; 10 feras e gados, répteis e voláteis; 11 reis da terra e todos os povos, príncipes e todos os juízes da terra; 12 rapazes e donzelas, velhos e crianças. 13 Louvem o nome do SENHOR, porque só o seu nome é excelso; a sua majestade é acima da terra e do céu.

c. Criaturas sobre nós glorificam Deus.

Os anjos glorificam a Deus. Alias eles são especialistas nisto. Há uma classe de anjos que incessantemente vivem a dizer: Santo... [Is 6].

Os homens deveriam glorificar a Deus muito mais que os anjos. Deus estima mais o homens do que os anjos. Cristo assumiu a forma humana, não angelical. [Hb 2:7]. Por causa da redenção, Deus fixou o homem como objeto de sua graça e misericórdia. Isto ele não ofereceu aos anjos caídos. Temos algo que nem os anjos possuem justiça de Deus [II Co 5:21]. Temos as vestes de sua justiça, comprada no calvário pelo preciosos sangue. Experimentamos algo que nenhum anjo conhece, o amor redentor. Os anjos glorificam a Deus por serem criados por Ele, devemos glorificar a Deus por isso, mas ainda por sermos nova criatura. Por sermos perdoados, justificados, redimidos do pecados, salvos e termos a benção da vida eterna tudo isto pela graça de Deus.

Ap 5:13 Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.

4. Porque Ele nos Redimiu do Pecado

A salvação vem de Deus, pois Ele planejou completamente. Ele eternamente planejou a salvação. Ele não só planejou, mas a executou, a salvação foi por intermédio da Deus, especificamente por Seu Filho. Ele não foi uma conquista humana. Como vimos só a graça, só Cristo, só a fé!

A salvação visa a glória de Deus. Nós o louvaremos pela eternidade a fora por nossa redenção. Deus não pensou primeiramente em nossa felicidade ao nos planejar e executar a nossa salvação. Ele visou ser glorificados nos redimidos. A salvação é para sua glória!

Continua....

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

OFERTA SAGRADA VERSUS INGRESSO PROFANO



Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? [Is 55:2]

Uma das maiores críticas que o mundo faz ao princípio bíblico da oferta e do dízimo é que ele é uma forma de aproveitamento da boa vontade das pessoas em nome de Deus. O mundo gosta de acusar que toda igreja usa deste expediente para surrupiar o fiel e levar dos irmãos sua contribuição, afirma ainda que todo o pastor é ladrão e que a igreja só pensa em ganhar dinheiro. Esta tem sido a visão que o mundo tem da igreja sobre sua relação com ofertas e dízimos. Bem sabemos que de fato algumas igrejas realmente aproveitam-se malignamente da boa vontade dos seus seguidores para se possível arrancar seu último centavo, que alguns pastores só pensam em arrecadação das coletas para que possam atingir uma cota e que alguns cultos parecem mais um leilão onde o líder fica a perguntar constatemente: “Quem dá mais?”. Por isso e por tanto abuso e manipulação deste princípio bíblico muitos vêem a igreja como uma instituição comercial do reino de Deus. Mas o mundo é irônico e profundamente contraditório, o que a mim não me surpreende. Pois com muita naturalidade ou mesmo até se gloriando usa ou aplica seus recursos de forma tola e insensata. Se sujeita por capricho ou por paixão a colocar parte do suor do seu rosto “naquilo que não é pão” ou “naquilo que não satisfaz”. Deixo dois simples exemplos da forma fútil, estúpida e acima de tudo pecaminosa como algumas pessoas usam seus recursos. Ambos procedem do mundo do entretenimento. O primeiro é do show da Madonna no Rio de Janeiro. O preço do ingresso para que um fã assista sua apresentação no Maracanã vai de R$ 180,00 a R$ 600,00. Sim, mais de 70 mil pessoas de bom grado concordaram em colocar seu dinheiro neste projeto. Ironicamente estes bancam toda a vaidade e soberba desta cantora. Só a diária do hotel em que estar hospedada no Rio de Janeiro é de R$ 35 000,00! O segundo exemplo é Fenomenal tanto quanto o primeiro. Trata-se do fato que Ronaldo, o Fenômeno, é o novo jogador do Corinthians e por isso vai ganhar mensalmente um salário da RS 400.000,00 e quem vai pagar parte deste salário? O torcedor. Ronaldo terá esta singela bagatela custeada pelo fanatismo dos torcedores. Além de receber cotas de patrocínio o dinheiro do torcedor literalmente vai parar no bolso do atacante. Um percentual da venda dos ingressos bancará seu salário!
Como disse não me surpreendo com nada disto. Não se deve esperar discernimento, sabedoria, simplicidade e sensatez do mundo, afinal, ele jaz no maligno. O homem sem Deus é como uma barata tonta. O que chamo atenção é que talvez estas mesmas pessoas sejam críticas ferrenhas da prática bíblica de dizimar e ofertar, mas ironicamente dão do seu dinheiro para sustentar o luxo e a vaidade de seus ídolos. Aliás, aqui ídolos cai muito bem, pois a meu ver isto tudo ilustra uma religiosidade profana em seus corações. Nesta religiosidade são tão enganados quantos tantos outros adeptos de seitas religiosas, são tão fanáticos quanto qualquer seguidor de uma falsa religiosidade. E dão sim, seus “dízimos e ofertas” para esta obra dos infernos!
No entanto cabe aqui uma apologia do uso dos dízimos e ofertas que muitos praticam de uma forma bíblica e muitas igrejas utilizam corretamente. A bíblia ensina que devemos dizimar e ofertar [Ml 3:10] o próprio Jesus referendou tal pratica [Mt 23:23]. Estas ofertas têm como alvo suprir a necessidade da igreja e de outros e sustentar obreiros que servem a obra de Deus no mundo. Muitos têm sido profundamente abençoados por causa destas ofertas. Eu diria que o próprio mundo que tanto faz crítica. Por causa destas sagradas ofertas, as igrejas se mantém pregando a Palavra de Deus e envia missionários para levar o Evangelho precioso mais longe. Este é o verdadeiro investimento que devemos fazer. Um investimento que é eterno! Muitos procuram dizimar para serem abençoados. Tenha por certo que quem dizima e oferta de uma forma correta e com motivos corretos já é um abençoado. É uma benção ser cooperador da obra de Deus. É uma benção poder colocar nossos recursos na Igreja do Senhor Jesus. Maldição é colocar seus dízimos e suas ofertas para sustentar Madonna e bancar Ronaldo!

Pr. Luiz Correia
[Deus meus et omnia]

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

SÓ A DEUS GLÓRIA - Soli Deo Gloria [Parte I]


Rm 11:33-36

Introdução:

Quero iniciar esta mensagem com citações [adaptações] de dois gingantes da fé cristã, um pertencente ao século XXIX, Charles Haddon Spurgeon que em Londres aos 20 anos iniciou seu pastorado com um sermão sobre conhecer a Deus:

“O estudo apropriado do eleito de Deus é Deus. A mais alta ciência, a especulação mais elevada, a filosofia mais poderosa, as quais podem capturar a atenção de um filho de Deus, é o nome, a natureza, a pessoa, a obra, as atitudes, e a existência do grande Deus a quem ele chama seu Pai.

O segundo é A.W. Tozer do século XX pastor em Chicago. Em seu livro “Mais perto de Deus” ele afirmou de uma forma bela e profunda:

“A igreja abandonou seu elevado conceito de Deus, substituindo por algo tão baixo, tão ignóbil e em último caso tão indigno de pessoas que pensam e adoram... Esta baixa concepção de Deus nutrida quase universalmente entre os cristãos é a causa de cem males menores por todos os lugares entre nós... Com a nossa perda do senso da majestade vem a adicional perda do respeito e consciência da presença divina. Perdemos nosso espírito de adoração e nossa habilidade de nos recolhermos introspectivamente para encontrar com Deus em silêncio de adoração.”

Spurgeon apela para que voltemos a Deus e nos lancemos a conhecê-lo como fonte de toda realização humana. Tozer alerta que a terrível perda da majestade de Deus levou a igreja a se tornar enferma.

Esta ultima mensagem é um convite a pensamos sobre a glória de Deus e tem como objetivo convencê-lo a crer que...

O FIM SUPREMO E PRINCIPAL DO HOMEM É GLORIFICAR A DEUS E [AO] TER NELE A SATISFAÇÃO PLENA E ETERNA.

[Resposta a pergunta n°1 do Catecismo de Westiminster – Qual é o fim principal do homem?]

S.I. Quais algumas perguntas cruciais a se fazer para que o homem venha a entender e cumprir o principal propósito de sua existência?

S.T. Faremos algumas perguntas e daremos suas respectivas respostas à luz da Palavra de Deus para que o homem conheça, se convença e cumpra seu propósito final...

I. O QUE É A GLÓRIA DE DEUS?

Nas Escrituras temos que fazer uma diferença entre o substantivo “glória” e o verbo “glorificar”.

1. É a manifestação externa de todos os atributos de Deus.

Exemplos: amor, bondade, poder, justiça, retidão, santidade. Quando qualquer atributo é exibido no universo, a glória de Deus é revelada. Todos os atributos de Deus revelam sua glória.

A glória de Deus é intrínseca a Ele, como a luz é intrínseca ao sol. Ele é o Deus da glória [At 7:2]. A glória é brilho da divindade, Deus não é Deus sem ela!

A honra não é essencial ao ser humano. Lula é o presidente e por isso lhe é devida algumas honras em face de sua posição, mas ao ser lhe tirado a posição, lhe tirado a honra. A glória de Deus faz parte de sua essência, Ele não pode ser Deus sem ela.

Esta glória não pode acrescida, porque é infinita e pefeita; e nem lhe tirada ou repartida.

Is 42:8 Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.

Deus dará bênçãos temporais aos seus filhos, como sabedoria, riquezas, e lhes dará bênçãos espirituais, graça, amor e o céu; mas a sua glória Ele não dará a outro.

Os atributos declaram a singularidade do Senhor. Ele é incomparável, eterno e infinito, único, majestoso, sem igual, portanto cheio de glória!

Passeando de carro, eu e minha esposa vimos um carro esportivo e luxuoso, que chamava atenção. Por quê? Porque um Gol não chama atenção? Porque o sol? A lua? As estrelas? Porque são singulares, únicos e incomuns. Assim é Deus! Ele é incomparável

Sl 113:5 Quem há semelhante ao SENHOR, nosso Deus, cujo trono está nas alturas,
Sl 89:6 Pois quem nos céus é comparável ao SENHOR? Entre os seres celestiais, quem é semelhante ao SENHOR?
Ex 15:11 Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?
Is 40:18 18 Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele?

2. A glória de Deus é o fim de tudo!

1 Pe 4:11 para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! [I Co 10:13]
Cl 1:16 Tudo foi criado por meio dele e para ele.

Tudo foi criado e tudo que acontece visa tão somente a glória de Deus. O fim do homem então é glorificar a Deus. O homem pode perder tudo, até a vida, mas a grande tragédia e infelicidade, e miséria é perder seu propósito, seu fim, que é glorificar a Deus.

Toda a santa trindade deve receber a glória: O Deus-Pai que nos deu vida; Deus o Filho que entregou sua vida por nós; e o Deus Espírito Santo que produz uma vida nova em nós.

II. O QUE É GLORIFICAR DEUS?

O verbo glorificar que é o ato de dar glória, a honra. Diz respeito a ação de reconhecer sua glória, assim de honrá-lo e adorá-lo. É um reconhecimento de quem Deus é e quem nós somos. Tudo que Deus faz é buscando revelar sua glória e ser glorificado em tudo.

Se Deus não fizesse isto estaria pecando. Pois não há no universo nada mais glorioso que Ele mesmo. Assim Ele fez e faz tudo para sua glória e assim todo o universo foi feito para sua glória, logo o homem foi feito para sua glória.

Is 48:11 Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isto; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória, não a dou a outrem.

Glorificar Deus consiste em realizar quatro coisas:

1. Apreciação [Avaliar como algo precioso]

Glorificar Deus é colocar a Deus como alguém mais alto em nossos pensamentos, e tê-lo em estima mais elevada. Na escala de valores que temos Deus deve ser o primeiro, acima de tudo.

Amo minha esposa, meus filhos, minha família, amo muitos irmãos e até animais e coisas, amo algumas atividades [ler, cantar, comer, assistir, pescar], mas nada na minha vida deve estar acima de Deus.

Sl 92:8 8 tu, porém, SENHOR, és o Altíssimo eternamente.

Sl 97:9 9 Pois tu, SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra; tu és sobremodo elevado acima de todos os deuses.

Fp 2:9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10

Deus é admirável, belo, majestoso. Ele é glorificado quando nós o admiramos. Admire os atributos de Deus, estime como aquele que é o mais valioso de todos os seres.

Você sabe fazer isto e você sempre estar fazendo. Por sua percepção e pensamentos você coloca algo acima de outras coisas. Quando você escolheu casar-se você fez isto. Quando está diante de um alimento você faz isto. Esta capacidade inerente do homem em discernir o bom do ótimo é para que ele use isto a fim de apreciar a beleza e majestade de Deus!

2. Adoração

Sl 29:2 2 Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade.

Nossa adoração para ser aceita tem que ser feita em “espírito e em verdade”. Em espírito opõe-se a adoração meramente externa [formal, tradicional, vazia, mecânica e árida]. E em verdade é o oposto de adorar a Deus baseado em um falso entendimento dEle. A adoração envolve coração e cabeça, emoções e pensamentos.

Verdade sem emoção produz ortodoxia morta e uma igreja cheia de admiradores artificiais. Por outro lado emoção sem verdade produz agitação vazia e leva-nos a atos irracionais e emocionalismo bizarros.

Adoração é fruto de emoções profundas, grande amor e doutrina sadia. Emoções fortes por Deus arraigadas a verdade é a essência da adoração.

3. Afeição

Adorar é uma maneira alegre de refletir de volta para Deus o brilho do seu valor. Não é um mero ato da vontade. Sem a participação do coração, não adoramos. O envolvimento do coração na adoração é o despertamento de sentimentos, emoções a afetos do coração.

Adoração genuína inclui sentimentos interiores que refletem o valor da glória de Deus. Toda emoção genuína é um fim em si mesma. Ela flui naturalmente. Isto não quer dizer que não devamos procurar ter certos sentimentos. Devamos e podemos. Mas a emoção autêntica flui naturalmente.

Imagine um cego que voltou a ver ao ser colacado numa linda campina para ver o por do sol. Que sentimento vem ao coração dele? Ele ficará maravilhado e impressionado com tanta beleza! Imagine qual deve ser a reação de um naúfrago boiando sem ter água e comida há dias ao ver terra firme no horizonte! Esperança, alegria e anseio de chegar lá! Qual a reação de uma criança no natal que ganha o presente que sempre sonhou? Satisfação, alegria, gratidão!

Quando a realidade de Deus nos é apresentada em sua Palavra ou em seu mundo, e nós não sentimos nenhuma tristeza, anseio, esperança, medo, reverência, alegria, gratidão ou confiança, então nossa adoração não será adoração de verdade.Assim adoração é autentica quando surge afetos por Deus no coração como um fim em si mesmos.

Imagine no dia do aniversário de casamento eu traga um buque de rosa para minha esposa. Quando a entrego; ela responde: “Ó Lu, são lindas. Obrigada! E venha para me abraçar e me beijar! Imagine que levante mão e diga: Não foi nada. É a minha obrigação!

É minha obrigação? Não é meu dever lembrar o casamento? Tem valor este ato? Sim, se tiver com o meu coração. Rosas por obrigação não tem valor. Se eu não tiver um genuíno afeto por ela as rosas perdem o valor [Elas não falam, como diria Cartola!]. Elas não a honram antes a desmerecem.

E se depois a levo para um jantar para comemorar o dia do nosso casamento, e lá ela me pergunta: “Por que você está fazendo isso?” E eu responda: “Porque nada me deixaria mais feliz esta noite do que estar com você. É minha obrigação!” Isto desonraria. Mas se eu dissesse: Porque nada...É meu prazer!”

Imagine ainda depois de jantarmos eu olhasse para ela e dissesse: Eu tenho que te beijar antes de irmos embora? Ela responderá: Você tem, mas não por obrigação. Se for motivado por um afeto espontâneo por mim...

É isto que significa adoração. É um banquete de prazer! Honramos a Deus quando dizemos a Ele: É meu prazer te adorar! É o meu prazer te louvar. Tu és minha alegria e minha satisfação! Um dia na tua presença... Agrada-me em fazer tua vontade!

Sl 16:11 11 Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.

Sl 73:25-26 25 Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. 26 Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.

Aproximar-se de Deus buscando o prazer nEle é a única coisa certa a fazer. O prazer do cristão é dar honra a Deus ao reconhecer [e sentir de verdade] que somente Ele pode satisfazer o anseio do coração de ser feliz! Deus é glorificado quando temos nEle todo nosso prazer! E Deus somente é glorificado quando Ele é todo nosso prazer!

Agrada-te no Senhor e Ele fará os desejos do Teu coração. Ou seja “Tem toda satisfação prazer, alegria, gozo, desfrute plenamente do Senhor e teu coração será saciado, satisfeito!”

4. Sujeição

É o ato de submeter-se a Deus. Deus é glorificado quando nos submetemos a sua vontade. Assim como os anjos estão submissos assim devemos nós. Temos devemos oferecer a ele o nosso querer, e assim submeter-se plenamente. Dobrar o joelho é exatamente isto. É dobrar nosso coração, é buscar fazer o que lhe agrada.

Continua...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

SÓ A FÉ - Sola Fide



Rm 3:21-26

Introdução:

Temos demonstrado o valor da Palavra, ela evangeliza, santifica e orienta, portanto ela é suficiente. Apresentei a singularidade de Cristo, em sua supremacia, sacrifício e suficiência na salvação. Defendi a graça com suas preciosas lições que nos ensina humildade, dependência, suficiência, poder e contentamento. A graça destrói os méritos humanos e exalta a bondade e o amor de Deus. Afirmamos que a Bíblia é a única autoridade e que a graça é o único meio de salvação, que Cristo é único que pagou na cruz os nossos pecados. Então a questão é: Como é que uma pessoa pode receber a salvação? Ou, dito de outra maneira, como é que uma pessoa pode se reconciliar com Deus? Chamamos isto de Justificação pela Fé que é definida:

JUSTIFICAÇÃO É UM ATO DE DEUS PELO QUAL ELE DECLARA PECADORES JUSTOS SOMENTE PELA GRAÇA POR MEIO DA POR CAUSA SOMENTE DE CRISTO

S.I – Quais os elementos fundamentais para a correta compreensão da Justificação pela Fé?
S.T – Somente compreenderemos a obra da justificação pela fé se e somente se entendermos esses elementos fundamentais...


I. A NECESSIDADE DE JUSTIFICAÇÃO: O PECADO [v.10-11, 23]

Para a compreensão desta maravilhosa verdade temos que inicia com a condição em que se encontra o homem. Porque justificar? E por que só pela fé? Justificar fala de um quadro de juízo, penalidade judicial. O homem pecou e seu pecado exige de Deus um julgamento. Na perspectiva de Deus, diante da santidade e perfeição divina, todos pecaram.

É essa condição que se faz necessária a justificação, o homem pecou e Deus deve julgá-lo. E essa condição espiritual é demais necessária que o homem compreenda. Ele é um miserável pecador, digno de ser julgado e condenado, separado para sempre de Deus. E Deus ao agir assim agirá porque sua justiça requer.

Muitas pessoas não levam a sério esse quadro, não tem noção de sua condição aos olhos de Deus, o orgulho não permite ver em que situação se encontra diante do Seu criador.
O homem por si só não consegue perceber o quadro deplorável e miserável de sua situação aos olhos de Deus. Mas somente a convicção do pecado torna possível a justificação pela fé.

Enquanto o coração do homem não vier tiver sede de alívio pelo imenso e terrível pecado, a infeliz condição de sua alma longe de Deus fruto da culpa por seus pecados ele jamais será justificado pela fé.

II. A FONTE DA JUSTIFICAÇÃO: A GRAÇA [v.24]

Uma vez que o homem é pecador e, portanto incapaz de por si só, mediante seus esforços, sua moralidade, suas obras, sua religiosidade resolver seu problema, então o segundo aspecto fundamental da justificação é sua fonte. De onde vem a justiça de Deus? Por que Deus justifica o homem?

Ninguém pode se justificar, a justiça não procede do próprio homem [v.20]. A lei não é capaz disto, pois o homem não pode cumpri-la e ela não foi dada com este alvo, pelo contrário ele foi nos dada para revelar o nosso estado de miséria. Ela é um espelho que mostra o nosso coração pecaminoso.

Como então a salvação é possível? É possível somente se Deus fizer a obra por nós – que é o que graça significa. Neste sentido a salvação não é uma sinergia, mas uma monergia. O homem não coopera para salvação, pois não possui mérito nenhum diante do seu Criador. É falacioso dizer Deus ajuda a quem se ajuda. Ou Deus deve a todos uma oportunidade de serem salvos.

Então a obra da salvação é única e exclusivamente divina e nos é doado graciosamente, visto que ninguém absolutamente a merece. Se não fosse pela graça de Deus, totalmente não solicitada e totalmente imerecida ninguém seria salvo.

III. O FUNDAMENTO DA JUSTIFICAÇÃO: A CRUZ DE CRISTO [v.25]

Sob que base Deus justifica? Ele oferece a justificação baseada em que? Paulo diz que é baseada no que Cristo fé no cruz. Ali ele alcançou a redenção [v.24] e a propiciação [v.25]

Deus deixou impunes os pecados anteriormente cometidos [v.25]. Paulo explica como Deus tratara dos pecados anteriormente cometidos antes da encarnação e morte de Cristo. É como se Deus parecesse conivente, em vez de condenar, justificava os pecadores.

Exemplos: As falhas de Abraão e o adultério de Davi. Quando morreram eles não foram condenados. Isto parecia que Deus ignorava, era conivente, perdoando sem fundamento. Como Deus podia agir assim sendo Santo e Justo. Como poderia ser justo e perdoador? Se perdoasse agiria com injustiça, se agisse com justiça não perdoaria.

Mas na morte de Cristo Deus se tornou perdoador justo de todo o que crê. Pois com base na morte do seu próprio Filho ele os perdoaria. Assim com base na mesma morte Ele perdoa agora. Deus havia sido justo quando ele justificou e continua justificar. [v.26]


IV. O MEIO DE JUSTIFICAÇÃO: A FÉ [v.25-26]

Como então eu me aproprio desta obra? A fé é o canal pelo qual a justificação vem a nós, se torna nossa. Sem ela ninguém será justificado. Ela é um dom de Deus! [Ef 2:8-9].Por isso Só a Fé. Precisamos ter um conceito correto de que venha a ser fé salvadora. Qual sua natureza? Quais elementos que a torna um fé verdadeira e operosa?

1. O primeiro elemento é conhecimento [consciência para Spurgeon]

O conhecimento é o primeiro elemento. A verdadeira inicia com o conhecimento. Não posso exercer fé sem saber. “Nada pode entrar no santuário do coração a menos que o primeiro passe pelo vestibular da mente”.

Para se exercer fé é necessário conhecer. Sem conhecimento a fé não é gerada. Se eu não conheço os aspectos mais elementares do evangelho como terei fé.

Na época medieval, que antecedeu a Reforma, prevalecia a ignorância [idade das trevas]. A igreja negligenciava o ensino e a maioria das pessoas até o clero desconhecia as Escrituras.
Como pessoas ta ignorantes seriam salvas? O catolicismo afirmava que não era necessário ao fiel conhecer. O que ele tinha que fazer é confiar na igreja, a igreja e seus ensinamentos são corretos, mesmo que as pessoas não soubessem que ensinamentos era aqueles.

Algo similar prevalece hoje. Uma sombra de completo desconhecimento domina as igrejas. Não há verdadeiro ensino nos púlpitos e o resultado disto é uma igreja enferma dominada por líderes carismáticos que manipulam as pessoas e estas estão cegas em sua maioria sem a verdadeira fé, porque não há verdadeiro ensinamento. Mas a verdadeira fé apóia-se no conhecimento, não na ignorância. Como poderei ter fé sem saber em que ou em quem ter fé?

2. O segundo elemento é convicção [aceitação]

Eu posso conhecer – ter na minha mente o conteúdo – mas ainda estar perdido. Se o ensino não tocou o indivíduo ao ponto dele concordarem isto não constitui a verdadeira fé. Há pessoas que são plenamente capazes de explicar a doutrina cristã mesmo assim não crerem nela. Eles ainda não têm fé.

Calvino acertadamente afirmou: “É preciso derramar no coração o que a mente absorveu. Ela deve enraizar-se no coração...” Trata-se de uma concordância!

3. O terceiro elemento da fé é confiança [Compromisso para Spurgeon]

Trata-se de uma auto-entrega a Cristo que vai além do conhecimento e da concordância [ou aceitação]. Mesmo que você conheça a mensagem do evangelho, mesmo que você concorde e até mesmo seja tocado por ele, esteja convencido de que ele é verdadeiro sua fé ainda não é verdadeira.

Na realidade sua fé é igual a dos demônios. Eles sabem o que a bíblia ensina e eles sabem que é verdade, mas eles não são salvos. [Tg 2:19]. Só acreditar e até concordar não o diferencia da fé que têm os demônios. Os demônios sabem o conteúdo e sabem que é verdade, mas despreza.

Compromisso rompe a linha que delimita o pertencermos a nós mesmos e nos tornamos discípulos do Senhor, ou seja, confiar e se sujeitar totalmente a Ele. Essa confiança ou compromisso envolve uma mudança radical de valores.

A fé produz mudança, o nascido de novo busca ardentemente e apaixonadamente o que antes não via nenhum valor.

Falo da minha vida. Vivi durante um tempo sem conhecer verdadeiramente meu Senhor. Um dia foi me apresentado, nasceu em mim à convicção e uma profunda paixão por Ele. Achei a pedra de grande valor! Dei minha vida por ela! Não consigo imaginar minha vida fora de Jesus. Ele é a minha vida. E tudo o que eu quero na vida é viver para Ele. [Fp 1:21]. É conhecê-lo. Há algo que foi colocado em meu coração que me impulsiona a amá-lo e conhecê-lo. Há algo no meu coração que pulsa por obedecê-lo e que me abate quando não o faço.

Conclusão

Pense num jovem apaixonado por uma moça e vem a casar com ela. As primeiras etapas é a fase do conhecimento. Cada um se empenha em conhecer o outro, considerando suas qualidades para um bom casamento. Nesta fase gasta-se tempo para fazer isto. Ele é o tipo de pessoa que seria um bom marido?Ela é o tipo de mulher que seria uma boa esposa?


A segunda parte é se apaixonar. Corresponde ao elemento do coração, é o ponto em que a outra pessoa começa a afetar a outra emocionalmente. Nesta etapa ele não pensa abstratamente acerca da mulher. Esta é a mulher que eu quero para ser minha esposa? Este é o homem que eu quero para meu marido?

Mas conhecer e apaixonar embora sejam uma experiência maravilhosa, não faz de nós casados. O casamento vem quando o casal se posta diante de seu ministro e recita os votos pelos quais ambos se comprometem. O homem diz: Eu, João tomo você, Maria para ser minha esposa e me comprometo diante de Deus e destas testemunhas de ser fiel e amado, na fartura, na pobreza, na alegria e na tristeza, na doença ou na saúde enquanto viver.

É esta atitude que o liga a Jesus. Jesus morreu por nós, demonstrando seu imenso amor por nós. Assim ele nos cortejou, agora ele espera de nós o compromisso. Esta ilustração tem apensa uma deficiência. No casamento ambos são iguais, mas na aliança divina, é o Senhor que compra, galanteia e se compromete conosco. A obra é dEle!Não há nada que possamos oferecer!



Nada trago nas mãos


-Simplesmente me apego à Tua cruz;


Venho nu a Ti, para vestir-me


- Indefeso, busco a graça em Ti;


Sujo, eu corro até a Tua fonte


-Lava-me, Salvador, ou morro!" [A. Toplady]


Pr. Luiz Correia


[Deus meus et omnia]

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Pra escutar - Mensagem Solus Christus



Baixe em seu computador e escute a Mensagem da série:

Os cinco pilares do verdadeiro evangelho:



Estudo Bíblico Cronológico - John R. Cross



O Estranho no Caminho de Emaús

COMPREENDENDO CORRETAMENTE AS COISAS
Pare e pense: é muito razoável gastar algumas horas da sua vida para tentar compreender a Bíblia. Afinal, a Bíblia contém declarações muito profundas sobrea vida … e sobre a morte. Durante séculos, a Bíblia tem sido um best seller (o livro mais vendido). Qualquer pessoa que pretende ter um mínimo de informação precisa entender seu conteúdo básico. Infelizmente, a Bíblia tem caído em descrédito, não pelo o que ela diz, mas porque alguns homens e mulheres famosos, que dizem seguira Bíblia, fizeram algumas das piores escolhas na vida.Da mesma forma, a mensagem do livro sofreu ataques, às vezes, por pessoas bem intencionadas, que nunca reservaram tempo para realmente entenderem o que ela diz. Mas a Bíblia não mudou. E, apesar do que os hipócritas ou críticos dizem, vale a pena conhecê-la para sua própria paz de espírito, para o bem da sua própria vida e para o bem da sua vida após a morte.

Saiba mais sobre esse livro maravilhoso e caderno de atividades baixando em sem computador no link: http://www.4shared.com/account/dir/9548072/48338727/sharing.html?rnd=31
Caso queira comprá-lo o site é:
http://www.boasemente.com/Precos-20.08.2007.html
EXCELENTE INVESTIMENTO!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

SÓ A GRAÇA - Sola Gratia




II Co 12:7-10


Introdução:

Durante toda a sua vida, um homem pobre quis fazer um cruzeiro. Quando era jovem, tinha visto um anúncio de um cruzeiro de luxo e, desde então, sonhara passar uma semana em um grande navio de turismo, gozando a brisa fresca e relaxando em um ambiente luxuoso. Economizou dinheiro durante anos contanto cuidadosamente seus centavos, sempre sacrificando necessidades pessoais, para que pudesse aumentar um pouco mais os seus recursos.
Finalmente ele conseguiu o suficiente para comprar uma passagem no navio. Foi a um agente de viagem, olhou os panfletos, pegou um que era especialmente atraente e comprou um bilhete com o dinheiro que havia economizado por tanto tempo. Mal podia acreditar que estava para realizar um sonho de infância.
Sabendo que não possuía recursos para comprar o tipo de comida anunciado no panfleto, o homem planejou trazer suas próprias provisões para a semana. Acostumado à moderação, após anos de vida modestos, e tendo gasto toda a sua poupança no bilhete do cruzeiro, decidiu trazer consigo um suprimento semanal de pão com creme de amendoim. Era só isso que ele podia comprar.
Os primeiros dias do cruzeiro foram emocionantes. O homem comia os sanduíches de amendoim sozinho, em seu quarto, cada manhã, e passava o resto do dia relaxando ao sol e ar fresco, maravilhado por estar a bordo.
Pelo meio da semana, entretanto, o homem começou a notar que era a única pessoa a bordo que não estava comendo as luxuosas comidas. Toda vez que sentava no convés, ou descansava no saguão ou saía de sua cabine, parecia que um garçom passava com uma enorme refeição para alguém que solicitara o serviço de entrega na cabine.
Ao quinto dia do cruzeiro, o homem não suportava mais. Os sanduíches de amendoim pareciam velhos e sem sabor. Estava desesperadamente faminto; até a brisa e o sol haviam perdido sua atratividade. Finalmente, parou um garçom e indagou: “Diga-me, como posso ter umas dessas refeições! Estou morrendo de vontade de comer alguma comida decente; farei o que disser para pagar por ela!”
“Mas... o senhor não tem uma passagem para este cruzeiro?”, perguntou o garçom.
“Certamente!”, respondeu o homem. “mas eu gastei tudo que tinha naquela passagem. Não me sobrou nada com que comprar comida”.
“Mas, o senhor” disse o garçom, “o senhor não sabia?” As refeições estão incluídas na sua passagem. O senhor pode comer quanto quiser!”.

Muitos cristãos vivem como aquele homem. Não sabendo das ilimitadas provisões que possuem em Cristo, comem migalhas velhas. Não há necessidade de viver assim! Tudo que poderíamos querer ou necessitar está incluído o preço de nosso ingresso, e o Salvador já pagou por nós!

Há uma palavra que define toda a riqueza que encontramos em Cristo: GRAÇA! Significa presente divino dado a quem não merece. Tudo, absolutamente tudo que recebemos, toda sorte de benção [material ou espiritual] é graça!!!

Paulo [apóstolo da graça] experimentou como poucos a graça de Deus, sofreu como poucos recebeu revelações como poucos e a ele foi dito a mais profunda verdade para qualquer cristão: “A minha graça te basta” [I Co 12:9]. O que se estende a todos nós!

Paulo está derramando seu coração e meio a ataques ao seu chamado apostólico. Os coríntios não reconheciam sua autoridade. Até mesmo sua integridade, lealdade e capacidade foram questionadas por seus inimigos. Seu amor foi posto em dúvida. Uma tempestade de oposição o abateu, talvez a maior tempestade que já enfrentou. Ele falara anteriormente de suas dificuldades e lutas: aflições físicas, aprisionamentos, espancamentos, apedrejamentos, naufrágios, assaltos, perseguição, noites mal dormidas, frio, calor, fome, sede. Mais entre todas as oposições a sua autoridade e chamado certamente o fazia sofrer. A rejeição, a traição, as duras críticas, as falsas acusações, o ódio! Pense um pouco sobre isto! Pense na rejeição, no desprezo e incompreensão vivida por Paulo. Imagine a tentação que seu coração sofreu pela mágoa.

É sobre estas circunstâncias aflitivas que Paulo é capaz de aprender algumas lições maravilhosas sobre a graça de Deus a fim de capacitá-lo a viver de uma forma vitoriosa sabre tudo!

A GRAÇA DE DEUS NOS ENSINA A VIVER VITORIOSAMENTE [1]

S.I. Quais são as lições que a [professora] graça nos ensina a fim de que nossa vida seja vitoriosa?
S.T – Através da experiência de Paulo com seu espinho na carne podemos aprender 5 preciosas lições oriundas da graça...

I. HUMILDADE [v.7]

Uma das grandes tentações que sofremos na vida é o orgulho, especialmente quando estamos em posição de privilégio. Portanto, Deus usa oposição e sofrimento para nos ensinar humildade.

Paulo obteve foi agraciado por muitos privilégios. Viu Jesus em pelo menos 4 situações, ali Cristo revelara-se para instruí-lo e encorajá-lo. [At 9:4-6, 18:9-10, 22:17-21, 23:11, II Co 12:1-4]. Quase a metade do NT foi escrita por ele.

Por causa da natureza extraordinária destas revelações, Deus colocou um espinho na carne de Paulo, para guardá-lo da exaltação [12:7]. Espinho aqui cabe mais a idéia de uma estaca – um pedaço de pau afiado para afligir e/ou torturar alguém. Assim Deus fincou uma estaca, na carne pecaminosa de Paulo, para afligi-la e matá-la, com o propósito de evitar o orgulho.

Esse espinho é descrito como “mensageiro de Satanás”, há diversas interpretações [1] Um líder, usado pelo diabo para se opor a Paulo [2] Uma enfermidade [cegueira ou malária.] Independentemente do que venha a ser o espinho, o propósito é claro. Deus soberanamente determinou usar tal situação para “esbofetear” a fim de humilhá-lo. Deus já fizera isto com Jó e Pedro. Deus o torna útil assim.

Ao contrário de que se pensa, não é elevando o ego ou a auto-estima, a opinião que a pessoa tem de si mesma que corrigimos o relacionamento dela com Deus, com os outros e com ela mesma. Deus nos esvazia nos humilha, nos quebranta para que tenhamos maior intimidade com Ele, para que vejamos sua glória e seu poder! Depois, segundo sua vontade, ele nos exalta!

II. DEPENDÊNCIA [v.8]

É preciso entender que Deus é a fonte da graça, nós somos tão somente canais. Temos a tendência de buscar nas pessoas a cura de nossas mágoas ou em atividades [compulsão por compra]. Deus quer que, em tempos de dificuldade, busquemos primeiramente a Ele.

Essa foi a reação de Paulo frente ao sofrimento. Em II Co ele afirma: “Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim”.

Por causa disto Paulo não disse, fui a psicólogo, repreendi satanás, comecei a comprar, a gastar, fiquei revoltado, sai da igreja. Ele tomou um rumo simples, ele foi a fonte da graça; ele rogou ao Senhor!

Três vezes ele rogou para que Deus removesse o espinho. Veja ele não decretou, determinou. Ele rogou. Sua oração foi persistente, mas humilde. Três vezes o Senhor disse não! Ele não estava em pecado. E Deus disse não! Ele é o Senhor. Ele diz às vezes sim ou espere ou não! Ele aprendeu que os propósitos de Deus se realizariam melhor com a resposta negativa. O não de Deus é sempre bom!!! Há pessoa que dizem que não sabem dizer não! Aprenda com Deus!

III. SUFICIÊNCIA [v.9]

Paulo não ficou irado, magoado e decepcionado com Deus. Eu creio que Deus de imediato não explicou a Paulo o porquê, nem precisa, Ele é Deus e não precisa prestar contas a ninguém do que faz. Creio que paulatinamente Paulo foi compreendendo os propósitos de Deus em tudo aquilo, inclusive no sofrimento e no não de Deus!

Deus disse: “A minha graça te basta”. A idéia é que toda vez que Paulo orava, Deus dizia: A minha graça te basta! Depois de três vezes, ele desistiu!

Deus respondeu a oração de Paulo, Deus sempre responde. Certamente muitas vezes não será o que nós queremos. Ele podia remover o espinho? Claro. Mas Deus não é mal, é bom! E tudo que Ele realiza é sempre visando nosso bem!

Certamente na nossa vida podemos experimentar muitas coisas amargas. Sofrimento, incompreensão, traição, percas, tristezas, mas aquele que é crente no Senhor, uma coisa jamais faltará aqueles que estão em Cristo Jesus, graça!!!! E ela é suficiente! Ela basta!

O perdão dos nossos pecados, o amor de Jesus em nos reconciliar, a vida eterna dada imerecidamente em Cristo, a glória da ressurreição e a esperança gloriosa de vivermos para sempre com o Senhor nos basta! O conhecê-lo e o amá-lo, o servi-lo e o adorá-lo, nos basta! Nos basta conhecer e amar a Deus! Ele é tudo!!!

Aceitar a vontade soberana de Deus é um aspecto fundamental para viver a vida cristã! Problemas, tentações e dores são inevitáveis. Li de líderes da Teologia da Prosperidade que vão ao médico escondido para que seus liderados não saibam que estão doentes. Deus usa situações difíceis e até mesmo a enfermidade para produzir humildade, comunhão e louvor! Ele não promete removê-lo, mas garante a graça suficiente de suportar com alegria.

IV. PODER [v.9]

O sofrimento que revela nossas fraquezas serve também para revelar o poder de Deus [v.9]. Quando somos menos dependentes do nosso poder e força humana corremos e nos agarramos Aquele que é Todo Poderoso, para nos sustentar e assim somos canais adequados pelos quais Deus faz fluir seu poder.

Paulo afirmava que sentia prazer nas adversidades, pois ela era a ocasião maravilhosa para revelar o poder de Deus.

No caso de Paulo o poder de Deus era evidente que qualquer pessoa veria que não era possível um ser humano depois de tantas lutas e sofrimentos realizar o que ele realizara a não ser se o poder de Deus estivesse nele. A glória então não seria do homem, mas de Deus!

Por isso afirmava que louvava ao Senhor diante de suas fraquezas. Ele não era masoquista. Não adorava ser maltratado, mas alegrava-se em ver o poder de Deus atuando em sua vida.

V. CONTENTAMENTO [V.9]

Paulo olhou seu problema [seu espinho] de uma forma diferente. Inicialmente lutou contra ele e pediu sua retirada. Certamente penso que não compreendera inicialmente o propósito de Deus. Imagine um homem a serviço do Senhor, pregando o evangelho, levando a Palavra, curando a muitos, com uma limitação? Não fazia sentido!!!

Mas sua perspectiva do problema mudou. Ele entendeu este espinho como um instrumento para torná-lo útil para Deus. Assim contentou-se! Ele mesmo afirmara que aprendera a ficar contente em toda e qualquer situação.

A maioria das pessoas fica descontente e triste porque pensa que sua felicidade consiste em gozar de circunstâncias agradáveis, possuírem saúde e muito dinheiro. Alguns acham que proteger os crentes de toda a dificuldade é o trabalho maior que Deus poder fazer.

Não é o que anuncia a famigerada e porque não dizer “desgraçada” Teologia da Prosperidade? Que não é outra coisa senão um meio para justificar e alimentar a carnalidade dos corações humanos que buscam desesperadamente e enganosamente satisfação em ter e não em ser?

A graça nos ensina a benção do contentamento. Uma vez que nada merecemos e que em Cristo Deus nos tem abençoado com tudo então que outra reação senão o contentamento!
[Cl 1:10-12]

Conclusão:

Que devemos fazer diante das lições da graça? Quando aprendemos que a graça nos ensina humildade, dependência, suficiência, poder e contentamento que podemos fazer agora? Pense qual deve ser sua reação? O que deverá ocorrer no coração de um homem que compreendeu que Deus tem nos dado tudo em Cristo de forma imerecida e abundante? Eu quero ouvir uma sugestão – será que é a que veio ao meu coração quando terminei esta mensagem? LOUVOR E ADORAÇÃO!!!

____________


[1] O esboço da mensagem foi extraído do livro "Nossa Suficiência em Cristo" de John F. MacArthur, Jr. Ed. Fiel - SP - 1995. Capitulo 11: A Graça Suficiente [pp. 199-214]

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

SÓ CRISTO - SOLUS CHRISTUS


Introdução:

Quando se afirma SÓ CRISTO, a igreja reafirma que Jesus realizou a obra necessária à salvação total e plenamente, assim: (1) Nenhum homem possui qualquer mérito. A salvação é do Senhor, foi realizada exclusivamente por Ele (2) Reafirmamos que ela está completa. Não é necessário acrescimento nesta obra, ninguém, nem santos, nem obras realizadas pelo homem podem acrescentar algo a salvação. O que é perfeito não necessita de complemento. Qualquer tentativa de acréscimo ao trabalho de Cristo é uma deturpação do evangelho, não sendo o verdadeiro evangelho. Proclamar somente a Cristo é proclamá-lo como único:

1. Profeta - Não precisamos de outros profetas para revelar a Palavra e a vontade de Deus. Nele a revelação foi completa.
2. Sacerdote - Não precisamos mais de intercessores ou sacerdotes para mediar a salvação e a benção de Deus.
3. Rei – Não precisamos de outros reis para controlar o pensamento e a vida dos crentes.

JESUS É SINGULAR EM SUA PESSOA E OBRA

S.I. Quais são os aspectos em sua pessoa e obra que revelam a singularidade de Jesus?
S.T. Três aspectos de sua pessoa e obra mostram toda sua majestade e singularidade...

I. JESUS É O SUPREMO

1. Senhor da Criação [15-17]

Ele a fonte originadora de tudo que existe nos céus e na terra, tudo o que o olho humano pode ver e o que está além dos sentidos tudo se originou por meio de Cristo [Jo 1:3]: tronos, senhorios, anjos, homem e príncipes. Cristo é criador de tudo!

Ele não é só a fonte de tudo, mas o meio. Tudo que existe passou por suas mãos, revelando seu controle e sua soberania. Para Ele não há surpresa, não há acidentes acasos, já que nada que existe, nenhuma ocorrência está fora de sua divina vontade.

Ele não é só o principio o meio é o fim! É o alvo de tudo! Todas as coisas do universo têm um propósito ultimo: render ao Senhor todo o louvor possível. Desde os bilhões de sóis espalhados pelas bilhões e bilhões de galáxias, até os micróbios unicelulares tudo proclama que o Senhor é digno de receber toda a honra. [Rm 11:33]

Diante disto devemos considerar: (1) Não somos dono de nada. Ele é dono de tudo. E tudo o que você possui Ele o emprestou. Até você é propriedade do Senhor. (2) Você foi feito pela mão dEle, do jeito que você é e isto que atribui valor a você. Você foi criado, não é um produto de acidente ou de um processo evolutivo fruto da casualidade!

2. Senhor da Igreja [18]

Cristo não é só o “titular” em relação à criação [criador e sustentador]. Ele é o primeiro sobre a igreja. [chefe] Revela a importância de Cristo para a igreja. Ele é o que governa que dirige que orienta e que mantém. Não existe maior autoridade no corpo do que Cristo. Quando Ele ordena, quando Ele manda, deve ser ouvido.

Ao afirmar que Cristo é o cabeça ele fala da sua inseparabilidade do corpo. Você não pode ter comunhão genuína com Cristo sem estar ligado ao corpo. Sem fazer parte do corpo não poderá estar ligado com Cristo. Não há fé que sobreviva a parte da comunhão. E eu falo comunhão, implicando em envolvimento, serviço, amor!

S.T. Jesus é supremo em relação a criação e a nova criação, a igreja! Mas também sua singularidade é vista em...

II. JESUS É O SACRIFÍCIO [Cl 1:20-22, 2:13-14]

1. A reconciliação [1:20-22]

Esta descrição da pessoa mais fantástica, fascinante e profunda nos pasma, humilha, assombra a mente! Esse ser fantástico digno de nosso amor, adoração e obediência, tinha que concluir seu propósito de uma maneira apoteótica, o escritor aponta para a maior e mais fantástica de todas as suas obras: a reconciliação de tudo.

O pecado distorceu todo o cosmo. O pecado gerou um estado de inimizade entre o homem e seu criador. A entrada do mal na terra trouxe desagregação, destruição, desarmonia, na vida do homem com Deus, na vida do homem com o homem e na vida do homem com a natureza. O mundo entrou em conflito, convulsão, o universo ficou sob maldição e em desordem.

A sua obra maior toma destaque: A cruz! É simplesmente impressionante como um ser sendo o que é, podia abraçar a obra do sofrimento e morte pelos homens. Mais ainda o que alcançou por meio de sua obra é tremendo: Paz!

Shalom! Não é somente paz, no sentido usual e costumeiro, significando ausência de conflito ou de violência, ou mesmo paz de espírito. Significa florescimento universal, totalidade e prazer. É uma teia que ajunta Deus, os homens e toda a criação em justiça e alegria.

A idéia de reconciliação é dupla: Primeiro aos que reconheceram e creram serão reconciliados; segundo as forças opositoras serão subjugadas, levadas a submissão. Não serão salvas, mas sujeitas. Não haverá no universo força ou poder estranho que não será submetido ao poder de Cristo. Na cruz Cristo venceu todos os poderes malignos, serão destinados ao seu devido lugar, sentenciados e condenados. [Fp 2:11, Ef 1:10]

2. O perdão [2:13-14]

O pecado não gerou uma inimizade pessoal com Deus, gerou uma dívida, um débito! Temos contas a pagar porque pecamos [Rm 6;23]. Deus só poderia perdoar se houvesse pagamento!

Voltarie de uma forma jocosa afirmou: “Deus perdoará; este é o trabalho dEle]. Mas Deus não pode apenas perdoar. Deus é justo e santo, e sua justiça e santidade devem ser vindicadas, satisfeitas. Nós nada podemos fazer! Somos falidos e mortos! E nossas obras jamais poderiam compensar um só pecado. A ofensa foi feita a um ser infinito, o pagamento deve ser realizado por algum de infinito valor, e o pagamento é a sua própria vida, seu sacrifício, seu sangue precioso!

Diante deste quadro terrível de marginalização, Deus tomou a iniciativa e nos deu vida, perdoando nossos pecados e liquidando nossa dívida. Assim foi desfeita sobre nós todo o domínio maligno.

Havia uma nota promissória, uma dívida a ser paga, que nos condenava. Ela foi paga! Cancelado significa removida, queimada, apagada. Paulo usa a figura de um tribunal. O condenado está no banco dos réus. Está sendo lida a acusação. Mas, o juiz, que é Deus, inocenta o culpado, tendo satisfeito na morte de seu filho, todas as exigências da lei. Cristo tomou sobre si as acusações todas.

S.T. A lógica inescapável da supremacia de Cristo visto na criação e a na igreja e sua singularidade vista em seu sacrifício, leva-nos a uma terceira afirmação...

III. JESUS É SUFICIENTE

Os colossenses enfrentavam uma heresia que atentava contra a suficiência em Cristo. O homem, afirmava esta heresia para alcançar sua realização, para obter sentido, para reconciliar-se com Deus, para saciar seus anseios carecia de outras coisas e experiências, além de Cristo. No entanto vemos a suficiência de Cristo apresentada por Paulo.

1. Ele é o tesouro da sabedoria de conhecimento [Cl 2:3]

Cristo é a chave que explica tudo, que explica a vida. Ele é a resposta! Em Cristo se encontra o tesouro inesgotável da verdadeira sabedoria e do conhecimento. Oro para que você conheça quem é Cristo de uma forma profunda, e assim atente para a grande riqueza que Ele é. Não há necessidade de você caçar outra fonte de felicidade. Cristo é a resposta! Toda sabedoria e conhecimento de Deus estão em Cristo!

2. Ele é Deus! [Cl 2:9]

Jesus não é um deus menor, uma amostra reduzida de deus. Veja sua natureza divina. Em Cristo reside permanentemente toda plenitude da divindade em seu corpo. Não há espaço para intermediários, mediadores, co-mediadores ou qualquer força ou poder. Cristo preenche plenamente o vácuo entre o homem e Deus. Ele encarna ambas as naturezas. Como podem os homens recorrerem a outros falsos intermediários se Cristo é pleno? Cristo não é mais um, é o único e o suficiente mediador e Senhor do universo! Não há rival, não há nada que rivalize ou se compare a Ele. A divindade não está espalhada em mediadores e padroeiros. Cristo possui toda a divindade!

3. Ele é a vida! [Cl 3:4]

A verdadeira vida está em Cristo. A velha vida deve morrer, o velho homem e as paixões mundanas devem morrer. A morte com Cristo corta-nos dos interesses do mundo, e altera nossas ambições e pensamentos. E possibilita a nova vida!

E de fato nossa vida é oculta, invisível. [Sepultada] Aparentemente alguns diriam não haver qualquer diferença: sofrimento, morte, lutas, quedas. E até mesmo aquilo que valorizamos: oração, comunhão, palavra, louvor, propósitos, valores, desejos são ridicularizados ou desprezados pelo mundo.

No entanto esta invisibilidade é temporária. O mundo não vê, mas o mundo verá a beleza da vida Crista. Ela está oculta até um momento. E é só vista e vivenciada pela fé. Mas um dia o botão desabrochará um dia a pedra bruta será transformada numa jóia preciosa. E o mundo verá a glória do Filho de Deus e a glória da igreja.

Conclusão: "...para em todas as coisas ter Ele a PRIMAZIA!!!!" [Cl 1:18]

Diante disto resta-nos afirmar que uma vez que Cristo é o supremo, é o sacrifico e o suficiente, então Ele deve ser o primeiro em minha vida! Em sua vida, em sua família, em seu trabalho, na maneira como você vive, fala e age. Ele deve ter a primazia em seus planos, sonhos e propósitos. Ele deve ser o primeiro em tudo! Em tudo ele deve ser glorificado!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

SÓ A ESCRITURA – Sola Scriptura



Sl 19:7-10

Introdução:

Por que Só a Escritura?

1. Porque ela é completamente Inspirada por Deus
2. Porque ela é completamente Inerrante [Perfeita]

AS ESCRITURAS SÃO ABSOLUTAMENTE SUFICIENTES PARA A VIDA E OBRA DA IGREJA

S.I. Em que áreas da vida da igreja a Palavra de Deus é suficiente?
S.T. São três as áreas vitais em que as Escrituras são suficientes...

I. AS ESCRITURAS SÃO SUFICIENTES PARA EVANGELIZAÇÃO [Lc 16:27,28]

O rico considera a possibilidade de conforto ou esperança no inferno. Que lhe foi negado. Então “mandou” a Lázaro que fosse a casa dos 5 irmãos. Abraão rejeita sua idéia. Mas o rico insistiu, crendo que um fenômeno como esse convenceria seus cinco irmãos. Abraão, nega definitivamente e afirma que o necessário para a conversão daqueles cinco é o VT [Moisés e os Profetas].

Pessoas não são convertidas por milagres, nem mesmo por ressurreições. Sinais e maravilhas, uma religião de milagres não opera a salvação! A única coisa que regenera o coração humano é a pregação da Palavra de Deus. A única forma que o Espírito Santo opera para regenerar o homem é por meio da Palavra.

Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. [I Pe 1:23]

Ela á a única coisa indispensável e que de fato funciona. Todas as outras coisas: música cativante, testemunhos comoventes, apelos emocionais são acessórios, e se isto for o principal teremos como resultado falsas conversões.

O mesmo é dito em Rm 10:6-9. Moisés e os Profetas haviam sido dados as pessoas. Esta palavra estava perto deles [corações e bocas]. E era suficiente!

O que devemos fazer é pregar, anunciar, semear a Palavra, ela quanto mais pura e simples, menos sem adereços e acessórios, mas poderosa ela é.

S.T. Não só para salvar, no sentido de levar ao perdão, mas também...

II. AS ESCRITURAS SÃO SUFICIENTES PARA SANTIFICAÇÃO [Jo 17:17]

A santificação, que é o processo pelo qual progressivamente eu sou transformado ao caráter de Cristo. Tem como principal instrumento a Palavra de Deus e é suficiente para isto. A oração de Cristo por nós é que o Pai nos santifique, pela sua Palavra.

1. Ser santificado é ser separado do mal

Este é o conceito mais conhecido de santificação. Deus quer que seu povo seja santo. E para isto revelou sua vontade na Palavra. Assim por meio da vontade revelada de Deus e submissos a sua autoridade nos santificamos.

De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra. [Sl 119:9]

Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.[Sl 119:11~

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, [II Tm 3:16]


2. Ser Santificado é ser separado para o ministério [serviço]

É neste sentido que Jesus se santificou, o foi separado por nós. Ele foi santificado [separado, consagrado] para vir ao mundo a fim de nos buscar e salvar. É neste sentido que também somos santificados, ou separados para a missão no mundo. Somos separados do mundo para servir com as nossas vida ao mundo

No v.18 Jesus traça um paralelo de sua missão com a nossa, há semelhanças e dessemelhanças. Nós não nos encarnamos e nem seremos crucificado em expiação. Mas sua missão é modelo para nós, no sentido de que servir implica em submissão e obediência, renunciar privilégios, conforto e distância e mesmo sofrimento.

E quem nos capacita para tamanha obra? Quem nos capacita para realizamos a missão de evangelização? É a palavra! Nela temos todos os recursos suficientes para realizamos nosso chamado.

“A fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” [II Tm 3:17]

Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra. [II Tm 2:21]

S.T. Ela é suficiente para evangelização, para santificação, mas ela é suficiente também...

III. AS ESCRITURAS SÃO SUFICIENTES PARA ORIENTAÇÃO [Sl 119:105]

Como encontramos orientação para as nossas vidas? Como revelações especiais de profetas e profetisas de plantão? Existe uma corrida frenética pela busca de orientação mística que revela tão somente dois fatos:

1. Incredulidade da Palavra – Para alguns ela não é suficiente.

Devemos lembrar que a Palavra de Deus é a revelação final e completa [Jd 3,4, Hb 1:1-3]. A igreja cerca do III para o IV século reconheceu que Deus tinha falado tudo – que as Escrituras encerram em termos de doutrina, piedade e ética tudo o que é necessário para vivermos de forma agradável a vida cristã.

Nossa preocupação não é sair atrás de uma nova doutrina, mas conhecermos muito bem as nossas crenças. Conhecer para defender! O cânon esta fechado e toda outra reivindicação da verdade deve ser medida pelo padrão da fé que uma vez por todas foi dada aos santos.

2. Ignorância da Palavra – Não sabem usar! [II Tm 2:15]

Você tem a maior arma do mundo e não sabe usar, ela não tem valor. Alguns acham que ela é amuleto usando-a erradamente! Quando alguém afirmar: “Deus me revelou...” devemos aguardar o livro, o capítulo e o versículo! Se não for assim, não escute, isto não é revelação! Deus já revelou tudo na Palavra!

Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo. [II Pe 1:3-4]

Deus nos deu toda orientação que precisamos na Bíblia. Mas se há algo que queremos, ou pensamos que precisamos não esteja na Bíblia? Que trabalho escolher? Onde devo morar? Com quem devo casar? Então:

1. Ore pela providência divina
2. Use aquilo que Deus lhe deu: sabedoria, inteligência, discernimento e amigos [conselhos]. E tome a decisão! Em áreas em que Bíblia na fala diretamente você é livre para usar seu discernimento! Deixe de ser menino e use! E como eu tenho discernimento? Como obtenho sabedoria? Na PALAVRA!

Conclusão:

1. Se ela é suficiente, como vimos, para evangelizar, então devemos pregá-la com coragem!
2. Se ela é suficiente para santificar então devemos obedecê-la e se sujeitá-la!
3. Se ela é suficiente para orientar, então devemos conhecê-la profundamente, lendo-a e estudando-a sempre!

Pr. Luiz Correia
[Deus meus et omnia]

OS CINCO PILARES DO VERDADEIRO EVANGELHO[1]

Vivemos tempos ruins. Não me refiro sobre o mundo, pois este jaz no maligno. Falo com respeito à igreja, precisamente a sua pregação ou o conteúdo do evangelho. Há um falso evangelho, impostor, sedutor e traiçoeiro, propagado pela mídia televisa e absorvido pela maioria das igrejas evangélicas de todas as tradições. Pelo que percebo nenhuma comunidade fica absolutamente imune as suas perniciosas idéias. A igreja precisa urgentemente redescobrir o que é o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo. Se algum irmão ou comunidade aspira ver o poder e Deus transformando verdadeiramente a vida do homem, salvando vidas, ela não precisa de algo novo, não carece de novos métodos, novas filosofias, nova liturgia e nova adoração. Ela precisa reaprender o verdadeiro evangelho, aquele que em sua origem abalou o mundo.

Faremos um breve passeio naquilo que os Reformadores do Século XVI chamaram os cinco solas, cinco afirmações da igreja para sua revitalização e reforma. Naquela época a igreja vivia nas trevas, subjugada a ignorância imposta pelo catolicismo romano. A igreja romana se afastara grandemente da verdade, e prevalecia todos tipos de absurdos possíveis. Ali Deus levantou uma geração de homens, de coragem e ousadia, para usá-los como instrumentos para reformar a igreja combalida pelo catolicismo romano. Eles resumiram a essência do verdadeiro evangelho em cinco afirmações latinas: Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Fide, Sola Gratia e Soli Deo Gloria. Chamei cada afirmação de pilar, porque creio que a igreja, cai ou se sustenta sobre estas afirmações.

Pr. Luiz Correia

[Deus meus et omnia]


[1] Estes textos fazem parte de uma série de 5 mensagens que estão sendo pregadas na Igreja Batista Filadélfia a partir de 09/11 até 5/12 de 2008, todos os domingos as 18:30h.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Livro de Enoque



Galera eis aqui o livro de Enoque, o livro apócrifo que é citado por Judas e contém, por várias vezes as declaraçãoes de Moisés, de Gênesis 6: 1-6. Muiuuto interessante.


Leiam, é só clicar aqui:

terça-feira, 28 de outubro de 2008

ZAQUEU NA IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS


Imagine, por um instante, que Zaqueu, sim aquele publicano que morava em Jericó, homem rico e de baixa estatura se convertesse na igreja do senhor Edir Macedo, ou coisa semelhante. E então os seus líderes sabedores de sua conversão e diante do fato de que ele era uma pessoa importante, a bíblia o chama de maioral dos publicanos, aproveitasse a situação a fim de fazer propaganda de sua organização com o fim de persuadir outros a se agregarem a ela. Suponha ainda que Zaqueu fosse convidado num programa ao vivo, e uma multidão tanto na igreja como pela TV estivesse assistindo. A reunião é chamada de Congresso dos Empresários, onde se alardeia que determinada pessoa depois que foi ao congresso e que participou das correntes dos 70 ou dos 318 obteve seu triunfo financeiro, chegou lá, comprou casas e carros, tem uma gorda conta bancária, e está cada vez mais expandindo os negócios, ganhando muito dinheiro. Então o pastor pega o microfone e convida irmão Zaqueu para testemunhar.

- Irmão Zaqueu, conte como era sua vida antes de chegar aqui? Indaga o pastor.

Zaqueu então responde:
- Pastor, eu era um homem com a alma sobrecarregada de pecado, rejeitado por todos do meu povo, mas principalmente distante de Deus pelo meu pecado.

O pastor, então, não gostando muito deste assunto, pede para Zaqueu falar sobre sua condição financeira. O que Zaqueu responde:
- Ah! Querido, era exatamente isto o meu problema aos olhos de Deus.

Então o pastor animou-se.
- Fale-me mais do que ocorreu em sua vida.

Zaqueu afirma:
- Eu só queria ganhar dinheiro, ficar cada vez mais rico.

O pastor indagou:
- Mas agora depois que você se converteu como esta a sua situação? Melhorou?

- No dia em que encontrei Jesus, querido pastor, respondeu Zaqueu - ele me libertou deste engano, desta ambição desgraçada que me acorrentava, por dinheiro eu fazia tudo, ameaçava as pessoas, era ganancioso e materialista.

- Mas irmão Zaqueu a sua situação melhorou? Questionou o pastor.

- Claro! Respondeu Zaqueu. - Depois que me converti, o fardo deste terrível pecado foi tirado, encontrei Jesus e nele encontrei salvação verdadeira.

O pastor interrogou:
- Sei, Zaqueu,que isto é bom, mas o que eu me refiro é sua situação econômica, creio que uma vez que você era rico, agora você se tornou milionário, não foi mesmo?

- Não, não, não! Pelo contrário quando reconheci meu terrível pecado e me converti crendo no Senhor Jesus fiquei financeiramente pobre. Eu disse naquele dia em que encontrei com a graça de Deus revelada em Jesus: “Resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e; se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.[Lc 19:8] Disse isto, na frente de todo mundo, para que todos ouvissem e testemunhassem a grande transformação no meu coração. Não somente disse como fiz. Quando dei aos pobres a metade do que tinha e restitui o que havia tomado indevidamente dos outros, não ficou muita coisa, pelo contrário fiquei pobre! Ou seja, ao me converter, empobreci financeiramente. Mas a minha felicidade e alegria não é por causa do que tinha e perdi, na verdade aquilo era minha infelicidade. Minha felicidade é porque achei o Verdadeiro Tesouro [Mt 13:44], a Pérola de Grande Valor [Mt 13:45-46]. Sim pelo sangue de Cristo ele me lavou e me resgatou deste vil pecado, e esse sangue foi derramado na cruz por amor de mim, sangue preciosíssimo que nem toda riqueza do mundo é capaz de se comparar ao seu valor [I Pe 1:18-19]

Depois de ouvir o testemunho do irmão Zaqueu, o pastor o aconselhou:

- Zaqueu, você precisa vir para a Sessão do Descarrego e cumprir as setes semanas da vitória, depois o espírito da miséria que vive sobre você sairá e essa maldição financeira será desfeita e quebrada.

O pastor ao observar que a platéia estava calada e pensativa pelo testemunho de Zaqueu, então falou:

- Meu amigo, minha amiga. Precisamos entender que há pessoas que estão iludidas com esta mensagem falsa que Zaqueu compreendeu. Devemos lembrar que Deus é o Deus da prata e do ouro e que é da vontade dele que todos sejam ricos. Amém pessoal??? E a clientela gritou: Amém!!!!!

Pr. Luiz Correia
[Deus meus et omnia]

terça-feira, 21 de outubro de 2008

PECOU GRAVEMENTE




Jerusalém pecou gravemente; por isso, se tornou repugnante; todos os que a honravam a desprezam, porque lhe viram a nudez; ela também geme e se retira envergonhada. A sua imundícia está nas suas saias; ela não pensava no seu fim; por isso, caiu de modo espantoso e não tem quem a console. [Lm 1:8-9ª]


A expressão que dá título é este texto é usada por Jeremias em suas Lamentações [Lm 1:8] para descrever o pecado de Jerusalém, isto na versão Revista e Atualizada. A Revista e Corrigida de Almeida e a Corrigida Fiel tão somente invertem a ordem, “Jerusalém gravemente pecou”. A Nova Versão Internacional traduz assim “Jerusalém cometeu graves pecados”, já Bíblia Viva parafraseia dizendo “Os pecados de Jerusalém foram tão terríveis...”. No hebraico, língua original em que foi escrito o livro de Lamentações, diz literalmente “pecado pecou” ou “pecou um pecado” que é uma construção gramatical enfática. Assim Jeremias revela a profunda gravidade do pecado de seu povo, ou seja, Jerusalém não apenas cometeu um pecado qualquer, foi mais além, obstinou-se em pecar, continuou pecando, mesmo diante das várias advertências divinas e de inúmeras oportunidades para que ela viesse a arrepender-se de seu pecado. Sabemos que pecado é uma ofensa terrível aos olhos de Deus, notamos aqui que determinados pecados tem uma natureza e um peso muito maior diante Deus. O próprio Jesus demonstrou que há uma espécie de pecado que não tem perdão, que ele nomeou de blasfêmia contra o Espírito Santo. [Mt 12:32]. João afirma esta mesma idéia, advertindo que não devemos rogar pelos que pecam para a morte [I Jo 5:16].

Isto não quer dizer que Deus não se ofenda com qualquer pecado, todo pecado é uma abominação contra Deus, no entanto existem pecados graves. E que seria então a natureza deste pecado grave? É o pecado repetitivo, ou seja, dominador, que nos subjuga freqüentemente. É aquele pecado que mesmos advertidos e alertados insistimos em se aproximar dele. É o pecado que mina nossa consciência. Jeremias nos auxilia no processo de mortificação do pecado grave, ao demonstrar as suas conseqüências.

Ele afirma “por isso, se tornou repugnante” Primeiro nos torna repugnantes, impuros, sujos. Eis a aspecto emocional do pecado, nos deixa com a sensação pavorosa de sujeira em nossa alma, uma sujeira terrível se apodera de nosso coração, nos tornamos imundos, sentimos nojo de nós mesmos.

Depois ele diz “todos os que a honravam a desprezam”. Segundo, o pecado destrói nossa imagem. As pessoas que nos viam antes diante daquilo que éramos, e que construímos mediante a graça de Deus, certamente nos olharão de uma forma terrível e implacável, seremos motivo de decepção e frustração, aos olhos de nossos irmãos e causa de escândalo aos olhos do mundo.

Então Jeremias reitera. “porque lhe viram a nudez, ela também geme e se retira envergonhada”. A vergonha vem como conseqüência. Nós não conseguiremos olhar as pessoas, encarar diante de tudo que causamos por causa do nosso pecado. O sentimento é como se alguém nos vissem nus, o constrangimento moral e físico de nossa nudez é figura forte da vergonha que nosso pecado causará a nós.

Para descrever o horror do pecado Jeremias mostra outra figura mais drástica: “A sua imundícia está nas suas saias” O quadro aqui é de algo profundamente nojento, que provoca asco. Jeremias descreve uma mulher menstruada, cujo fluxo vazou e sujou toda a sua veste. As roupas femininas [naquela época!!!!!!] cobriam todo o corpo, esse sangramento foi a extremidade inferior da saia. Segundo um Targum [1] o sangue não limpo ilustra uma pessoa não arrependida.

Depois o profeta afirma “ela não pensava no seu fim; por isso caiu de modo espantoso”. Talvez este aspecto seja o mais necessário para motificarmos o poder do pecado em nosso viver. Pode parecer um exercício mórbido, mas é fundamental imaginarmos diante da tentação de pecarmos, o triste fim que aquele ato provocará a nós. Imagine por exemplo a tentação de um adultério. Pense por instante o fim daquele ato em sua vida. Imagine você destruindo seu casamento, destruindo sua imagem diante de seus filhos e amigos, pense por um momento a igreja reunida tratando seu pecado, considere o escandalo que isto provocará na comunidade e pior ainda, imagine a vergonha, culpa, condenação e disciplina de Deus em sua vida. Pense ainda o pior, este pecado lhe seduza a tal ponto que sua consciência fique endurecida e não venha o arrependimento, você será como aquela mulher menstruada, imunda que não quer se limpar. Jerusalem não fez este exercício, “não pensava no seu fim” e por isso caiu desastrosamente, “e não tem quem a console”, ou seja não há mais nada o que fazer.

Assim amados cuidemos para que pecado grave não nos torne impuro, não venha trazer sobre nós desprezo e nos envergonhe, não venha a nos destruir, aniquilando a possibilidade de restauração e consolo.

Pr. Luiz Correia
[Deus meus et omnia]

____________

[1] Nome dado às traduções em aramaico da Bíblia hebraica [Tanakh] escritas e compiladas em Israel e Babilônia utilizadas para facilitar o entendimento aos judeus que não falavam o hebraico como língua mãe, e sim o aramaico.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Olhos que não enxergam



A cegueira espiritual é semelhante à tentativa de discernir a tridimensionalidade do mundo a partir de uma fotografia

Russell Shedd

“Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?” (Jo 14.9, NVI).

É de conhecimento comum que os descrentes sofrem de uma cegueira espiritual induzida pelo “deus deste mundo” (2Co 4.4). Mas essas palavras de Jesus revelam a possibilidade de estar com Cristo sem conhecê-lo. Deve ser comparável ao galho na Videira (Cristo) que não produz fruto; conseqüentemente, sofre a desgraça da remoção e ser lançado no fogo.Os deficientes visuais sabem que são distintos dos outros que gozam da visão boa. Os tristes seres humanos, aflitos com cegueira física, reconhecem seu isolamento num mundo escuro. Podem tentar imaginar este belíssimo mundo, invisível para eles, exuberante e com vivas cores, vistas empolgantes de montanhas, rios, oceanos e rostos expressivos. Temos pena dos que nunca tiveram a oportunidade de se deliciar com a vista perfeita. Mas deficiência física é muito menos sério do que a cegueira espiritual. A escuridão condena todos os que não têm fé a concluir que o mundo físico é tudo que há. A glória do Criador se percebe pela fé, de modo que todos os sinais da glória e da majestade do seu poder e inteligência inseridos neste mundo se perdem na cegueira do materialista.

C.S. Lewis comparou a tentativa de comunicar a existência do mundo espiritual a um incrédulo a uma criatura que em toda sua vida experimentou apenas duas dimensões. Alguém que tenta explicar as três dimensões do mundo real por uma fotografia acha que o triângulo é um caminho e outro triângulo, uma montanha. O indivíduo limitado às duas dimensões fracassa completamente ao tentar compreender a realidade que a fotografia representa. Como um cão que fareja o dedo da pessoa apontando um suculento pedaço de carne, em vez de virar a cabeça, o homem preso à compreensão materialista do mundo acha que toda essa realidade de Deus, salvação e Céu não passam de imaginação fértil do crente.Mais complexo é o caso do cristão com olhos abertos, mas incapaz de ver. Paulo ora pelos efésios, rogando a Deus pela iluminação dos olhos a fim de que eles “conheçam a esperança à qual ele os chamou”. Escreveu John H. Newman: “Abençoados aqueles que finalmente verão aquilo que olho mortal não tem visto e somente a fé goza. Aquelas coisas maravilhosas do novo mundo já existem agora como serão então. São imortais e eternos; e as almas que então serão feitos conscientes delas, as verão em sua tranqüilidade e majestade aonde nunca chegaram. Mas quem é capaz de expressar a surpresa e o arrebatamento que descerão sobre aqueles que finalmente os conhecerão pela primeira vez? Quem pode imaginar, por uma extensão da imaginação, os sentimentos daqueles que, tendo morrido na fé, acordam para júbilo? A vida, então iniciada, durará para sempre; porém, se a memória for para nós então o que é para nós agora, aquele dia será um dia para ser muito celebrado para o Senhor durante todas as eras da eternidade” (Dia 153, Diary of Readings, ed. J.Ballie, 1955).

A falta de ver essa gloriosa realidade escatológica torna esta vida uma cena de competição, ambição e desespero. Crentes se desviam por falta de visão do futuro que não vêem e nem imaginam. Faltando iluminação nos olhos espirituais, ficam presos ao mundo material temporário. Transferem os valores do Céu para a Terra e interpretam a prosperidade em termos financeiros e passageiros. Seguir a recomendação de Jesus parece loucura. “Não acumulem para vocês tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam”, em vez de acumular tesouros nos céus. Isto faz sentido somente para quem tem uma visão clara da realidade além deste mundo material.A Deus toda a glória!