sexta-feira, 1 de agosto de 2008

“igreja emergente”



Há alguns meses atrás, se ouvisse a expressão “igreja emergente” certamente pensaria que se tratava de algum estudo sobre a igreja neotestamentária nos primeiros séculos de nossa era. Hoje, depois de pensar que estive fechado em um quarto sem receber notícias do mundo por uma década, sei que a "igreja emergente" é um movimento crescente dentro da igreja evangélica nas duas últimas décadas. Já existe um bom número de livros escritos sobre o assunto assim como dezenas de sites e blogs emergentes ao redor do mundo (ver leituras ao final). Como o material é extenso e "confuso", vou tentar demonstrar, com definições próprias dos emergentes, exemplos do que é este movimento.

Veja nesse estudo o que Mauro Meister comentou sobre este assunto
http://tempora-mores.blogspot.com/2006/06/neo-ortodoxia-emergente.html

Por: http://www.tempora-mores.blogspot.com/

terça-feira, 29 de julho de 2008

O pragmatismo é realmente uma séria ameaça?

John MacArthur
Estou convencido de que o pragmatismo apresenta precisamente a mesma sutil ameaça para a igreja em nosso tempo que o modernismo representou há quase um século.
O Modernismo foi um movimento que abraçou a chamada alta crítica e a teologia liberal enquanto negava quase todos os aspectos sobrenaturais do Cristianismo. Mas o modernismo não se apresentou primeiramente como um ataque evidente à doutrina ortodoxa. Os modernistas mais antigos pareciam preocupados principalmente com a unidade interdenominacional. Eles estavam dispostos a subestimar a doutrina em prol daquela meta, porque eles acreditavam que a doutrina era inerentemente divisionista e que uma igreja fragmentada seria irrelevante nos tempos modernos. Para aumentar a relevância do Cristianismo, os modernistas procuraram sintetizar ensinos cristãos com os mais recentes insights da ciência, filosofia, e crítica literária.
"É freqüentemente esquecido que o alvo dos primeiros modernistas simplesmente era tornar a igreja mais "moderna", mais unificada, mais relevante, e mais aceitável para uma cética era moderna."
Modernistas viam a doutrina como um assunto secundário. Eles enfatizavam a fraternidade e a experiência e minimizavam as ênfases nas diferenças doutrinárias. Doutrina, eles acreditavam, deveria ser fluida e adaptável - certamente não alguma coisa pela qual valha e pena lutar. Em 1935 John Murray fez esta avaliação do modernista típico:
"O modernista muito freqüentemente orgulha-se na suposição de que ele se preocupa com a vida, com os princípios de conduta e com a colocação em prática dos princípios de Jesus em todas as áreas da vida: individual, social, eclesiástica, trabalhista e política. Seu slogan tem sido que o Cristianismo é vida, não doutrina, e ele pensa que a ortodoxia Cristão ou fundamentalista, como ele gosta de chamar, simplesmente está preocupada com a conservação e perpetuação de dogmas desgastados de convicção doutrinária, uma preocupação que faz da ortodoxia, na opinião dele, uma petrificação fria e inanimada do cristianismo. ["A Santidade da Lei Moral", Escritos Selecionados de John Murray 4 vols. (Edimburgo: Banner of Truth, 1976), 1:193.]

Leia na íntegra: http://www.bomcaminho.com/jm001.htm

Ceia do Senhor - 03 de agosto 2008



De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. (1 Co 11.27-29)
Próximo domingo, 03 de agosto de 2008, a IBF realizará um culto pela manhã, estaremos celebrando o memorial da "Ceia do Senhor". Participe deste momento de comunhão e reflexão espiritual.

A Guerra pela Verdade: Lutando por Certeza numa Época de Engano



MACARTHUR JR. John. A Guerra pela Verdade: Lutando por Certeza numa Época de Engano. São José dos Campos - SP : Editora Fiel. 262p.


3 Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé de uma vez por todas confiada aos santos.” Judas vs. 3 - NVI
“[A pós-modernidade é] uma era que já não acredita que a verdade pode ser conhecida. Dr. Albert Moller Jr. Presidente do Southern Baptist Theological Seminary em sua citação de indicação desta obra.
Uma das maiores lutas da Igreja Cristã, tanto na dimensão pastoral quanto no treinamento acadêmico das escolas teológicas, nos tempos atuais gira em dois eixos, a saber, a hermenêutica (ciência de interpretação das Escrituras) e a epistemologia (ciência do conhecimento). Nesta ultima, faz-se a pergunta: O que é a verdade? E ainda outra: Se ela existe como podemos conhecê-la? Para um (a) servo (a) do Senhor, sabe-se que a verdade se encontra revelada por Deus nas Sagradas Escrituras, Sua palavra (Jo 17h17min) e encarnada na pessoa bendita do Senhor Jesus Cristo (Jo 14:6) podendo ser conhecida objetivamente com a mente e o coração e empiricamente experimentando-a em poder e graça (2 Pe 3:18). Nessa verdade está edificada a Igreja de Deus a 2000 mil anos de história e mesmo antes dela (independente da interpretação teológica quanto a Israel e a Igreja, é unânime entre os crentes a convicção de que Israel é o povo escolhido na aliança do AT). Porém surgiu um novo movimento denominado “Igreja emergente” que busca ser contextual no período pós-moderno. Este tem como características a irracionalidade, subjetividade e incerteza negando a existência de uma verdade universal e absoluta. E este movimento busca ceder a maré articulando uma eclesiologia sem base bíblica e desconfigurando o próprio Evangelho de Cristo. Esse movimento tem angariado jovens e pessoas nos E.U.A e também no Brasil. Mas o Senhor nunca deixa o seu povo sozinho e levanta homens santos como John MacArthur Jr para desmascarar a mentira e pregar a verdade.
MacArhur é Pastor sênior da Grace Community Church em San Valley na California (igreja com mais de 5000 membros), graduado pelo seminário Talbot, presidente do The Master’s College and Seminary e do ministério Grace to you que transmite um programa de rádio com o mesmo nome e divulga material pela internet. Autor de mais de 150 livros, tem-se várias de suas obras traduzidas para o português tais como: Com vergonha do Evangelho, Ouro de tolo, A suficiência de Cristo, O Evangelho Segundo Jesus (Editora Fiel) ; Ministério Pastoral (CPAD) ; Introdução ao Aconselhamento Bíblico , Pense Biblicamente (Hagnos) ; Uma Introdução à Cosmovisão Bíblica (Cultura Cristã) entre outros como o livro apresentado nessa resenha. MacArthur Jr. se identifica com a Teologia Reformada na doutrina da salvação e com o Dispensacionalismo na hermenêutica e escatologia. Além de ser um notável pastor contemporâneo, é um apologista da fé cristã denunciando falsos ensinos que encontram guarida na Igreja de Cristo. Ele se identifica com o grande pregador batista Charles Spurgeon, em quem tem em alta conta (vide Com Vergonha do Evangelho).
Nesta obra, dividida em introdução, oito capítulos e um apêndice, Mac Arthur Jr. procura revelar em sua obra as armadilhas do pensamento pós-moderno; Porque o movimento da Igreja Emergente é inerentemente defeituoso; Os conflitos passados na guerra pela verdade e seu efeito sobre a igreja ; A importânciaaa da verdade e da certeza em uma sociedade pós-moderna e como identificar e lidar com os erros e falsos ensinamentos introduzidos sorrateiramente nas igrejas. Sua tese central se baseia na crença em uma verdade absoluta e revelada por Deus na Bíblia podendo ser conhecida. “Uma perspectiva bíblica da verdade também envolve, necessariamente, o reconhecimento de que a verdade absoluta é uma realidade objetiva” (p.21). Os capítulos, exceto o primeiro, são introduzidos com uma excelente exposição à Epístola de Judas, inclusive com uma introdução ao autor e tema (capítulo 3, pgs. 83-109) com excelentes aplicações quanto a apostasia real que está em ocorrência nos E.U.A inclusive denunciando o conhecido John Armstrong, ex-calvinista que abraçou o pós-modernismo negando a existência da verdade absoluta (p. 49). Armstrong liderou por vários anos o ministério Reforma e Avivamento e foi Pastor batista por mais de vinte anos, sendo autor e organizador de vários livros, inclusive O Ministério Pastoral Segundo a Bíblia, resenhado aqui também. (Comentário pessoal e pitaco sarcástico não recomendado academicamente, mas feito porque o blog é pessoal e reflete o temperamento e personalidade do editor: Alguém me explica como é que pode isso?)
O autor também demonstra bom conhecimento da história do pensamento ocidental interagindo com filósofos e autores que formaram a plataforma da pós-modernidade e também conhecedor do movimento da Igreja Emergente e seu mentor Brian MacLaren, além de interagir com a história da igreja e da teologia mostrando que os novos movimentos nada mais são do que velhas heresias com roupagem nova. A leitura é bastante agradável sendo os argumentos claros e lúcidos mostrando a capacidade de raciocínio do autor, além dos capítulos serem recheados de citações das Escrituras, o que fortalece o argumento e a defesa da fé. Embora com todos esses créditos, a leitura também é de fácil assimilação não sendo estritamente acadêmica nem restrita a pessoas que não tem o treinamento teológico fornecido pelo seminário. Também vale mencionar que a linguagem de MacArthur é muito firme em sua denúncia, porém não arrogante como é constantemente acusado (ele mesmo exorta o povo de Deus a uma defesa da fé com amor e moderação embora sendo intolerante com a apostasia pgs 166-168).
O livro foi lançamento nos E.U.A (2007) sendo então bastante atual para os leitores brasileiros, também atual na temática. Isso faz com que a Editora Fiel seja parabenizada por brindar o povo de Deus com tal obra. Alias, é valido comentar a modernização das capas da editora, podendo ser vista nessa obra na bela foto de uma serpente remetendo a nossa mente ao pai da mentira que a usou para levar o primeiro homem à desobediência e assim trazer a queda e o pecado ao cosmo e a humanidade.
É uma obra que deve ser lida por pastores e líderes, seminaristas e professores de Escola Dominical e de pequenos grupos interessados em saber sobre os novos movimentos e alertar as comunidades que servem quanto aos erros e enganos que permeiam as tais. Qualquer cristão interessado também nas falácias da pós-modernidade deve fazer uso de tal obra, ela é indispensável! Uma sugestão: está obra, mesmo não sendo um comentário bíblico, trás excelentes insights e percepções para uma exposição do livro de Judas, seja no púlpito, na Escola Bíblica ou em algum estudo nos lares, tanto no que diz respeito ao texto sagrado quanto às aplicações no que diz respeito à apostasia e falsos mestres e ensinos.