sábado, 18 de abril de 2009

A BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO

Mc 3:22-30

Introdução:

A Palavra nos fala que o Espírito Santo é pessoal e divino. A Palavra nos fala muito da obra do Espírito Santo, desde eternidade, passando pela criação, pela inspiração, pela redenção. No ministério de Jesus o Espírito foi atuante. Desde o inicio, Ele operou o milagre da gestação em Maria e depois no Batismo revestiu o mesmo Jesus para a obra do Senhor. Jesus agira sempre no poder do Espírito. O Espírito é quem o move para o deserto para a provação. O Espírito é quem atua poderosamente no viver de Cristo e nas suas obras. O Espírito continuou a agir poderosamente depois que Cristo foi assunto ao céu. Ele revestiu a Igreja em Pentecoste e inspirou os apóstolos para registrarem o NT. O Espírito continua a agir no meio da igreja, iluminado e revestindo a igreja da presença do Senhor. Uma igreja sem o Espírito Santo está morta. Uma vida sem o Espírito é uma vida seca e árida. Uma pessoa pode cometer alguns pecados contra o Espírito: mentir, apagar, entristecer e até rejeitar, mas há uma que é terrível, aliás, o mais terrível pecado que um homem pode cometer na terra é exatamente contra o Espírito Santo. É sobre isto que eu quero considerar nesta noite...

I. A ACUSAÇÃO CONTRA JESUS (22)

Os escribas caminham em franca oposição contra Jesus. Já o havia criticado por várias vezes: Porque perdoara ( 2:9), porque comera com os pecadores (2:16), porque não estava jejuando (2:18), porque, segundo as tradições deles, não guardara o sábado (2:23 e 3:1-6). Na última determinaram matar Jesus. Seus corações, portanto estavam carregados de ódio, de inveja.

Nos sinótico Jesus curara uma pessoa endemonhiada muda. Este milagre motivou trouxe para o coração de muitos a pergunta: Não será este o Filho de Davi? (Messias). No entanto o que no coração de alguns inspiravam esperança, provocava admiração, despertava fé em uma nova era. Para os fariseus aquilo não era nada disto, antes era algo terrível que Jesus estava fazendo.

Então vem aquilo que chamaríamos a gota d’água – Eles acusam Jesus de estarem expulsando demônios pelo poder de Satanás. Acusam Jesus de estar possesso do maioral dos demônios, ser aliado e agente do Belzebu (o dono da casa), o maioral dos demônios.

Em essência seu pecado é: atribuir as obras de Cristo não ao poder do Espírito Santo mas a influência de Satanás. Jesus é habitado e controlado por Satanás, estava expulsando demônios pelo seu poder.

Assim distorcem tudo. A encarnação do Deus misericordioso, que visita e redime seu povo, torna-se a encarnação do maligno. Ele é identificado como um diabo que faz o bem, portanto, um diabo especialmente diabólico, de quem é preciso ter um cuida­do especial! (Adolhf Pohl)

Esta atitude leviana e blasfêmica contra Jesus não foi algo inerente somente a sua época, na história as pessoas revelaram uma visão bem distorcida de Jesus. Nietzsche declarou que a mensagem de Jesus é a infâmia em pessoa e o mal fundamental do Ocidente. O filme Jesus, na tentativa de humanizar Jesus insinuou Jesus como pecador e tendo uma paixão por Maria, irmã de Lázaro. Já no livro Código da Vinci há várias acusações distorcidas sobre Jesus, entre ela a acusação que Jesus teve um caso com Maria Madalena.

II. A REFUTAÇÃO DE JESUS (23-27)

Jesus refutou o argumento lhes contando duas parábolas com o mesmo sentido. Com essas duas parábolas Jesus quer demonstrar que o argumento era ridículo e absurdo. Jesus se autodestruiria se caso expulsasse demônios pelo seu próprio poder. Chamaríamos isto de uma guerra civil, de dar tiro no próprio pé. Não há poder onde há divisão. Satanás sabe bem disto!
Satanás não trabalha contra seu reino e nem tão pouco os seus súditos. Ele não opera nesta lógica – ele envia demônios para provocar confusão, miséria e morte no homem e depois envia outros para expulsar estes. Assim sendo o seu reino não se manteria em pé.

O reino de Satanás é fechado. Ele junta suas forças e não trabalha contra si mesmo.

Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem. (Ap 17:3)

Um erro que o reino de satanás não comete é divisão entre si. Entre eles não há divisão, eles provocam divisão, desunião, mas eles não têm entre si.

Jesus então explica como ele opera (o modus operandi) de seu ministério (v.27). O reino de Satanás está abalado porque eles estão desunidos ou dividido, mas porque uma força externa esta desmantelando o reino das trevas.

Jesus, aquele que traz o Espírito é o valente. Com a vinda dEle o domínio das trevas está chegando ao fim. Os exorcismos são sinais específicos da sua perda de poder (cf opr 3 e 4 a 1.21-28), que servem de degustação do futuro, a vitória final do Senhor!

Jesus está sequeando a casa do valente e arrancando dela os cativos. Jesus reconhece o poder das trevas, reconhece seu domínio sua organização, mas revela seu grande poder. Jesus pode libertar os cativos da mãos do inimigo. Jesus não só amarra, mas arranca os cativos. O poder que opera nEle é o poder do Espírito Santo. E esse poder é maior que todos os poderes.

Esse mesmo poder opera ainda hoje. Jesus, por meio do Espírito, entregou nas mãos da igreja a missão de afrontar o valente arrancando os aprisionados e cativos, destituindo o seu reino. O Reino de Satanás é abalado quando a igreja põe-se de pé assume sua missão de pregar o evangelho com poder, com autoridade. Precisamos reconhecer a natureza de nossa missão. Há muitos cativos, oprimidos pelo poder do diabo, há muitos presos a todo tipo de pecado e vícios, escravizados. Quem poderá libertar tais pessoas? A igreja possui essa tarefa. Mas para isto ela precisa ser revestida do poder do Espírito Santo. Precisamos reconhecer a necessidade do poder em nossas vidas para que possamos entrar no terreno do inimigo, amarrar-lhe e soltas os cativos.

III. A ADVERTÊNCIA DE JESUS (28-30)

Chegamos então ao ponto culminante. Ora se Jesus está operando pelo poder do Espírito Santo, a acusação dos fariseus diante desta revelação leva-os a uma situação perigosa, que Jesus alerta solenemente. Vejamos duas grandes verdades:

1. A imensa misericórdia de Deus

Ele perdoa todos os pecados. O sangue de Cristo nos purifica de todos os pecados (I Jo 1:9). Pois não pecado ou culpa maior que seu amor...

Ó como é maravilhosa essa verdade. Deus perdoa todos os meus pecados! Todas as nossas ofensas que cometemos contra ele e contra o próximo podem ser perdoadas. O homem pode ser perdoado de todos os pecados! O monte mais alto da maldade é sobrepujada pela sua graça. Que promessa tremenda. Quando uma pessoa reconhece seu pecado, confessa, arrepende-se ele é perdoado.

Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades; (Sl 103:3)

2. O imenso perigo de se cruzar a paciência de Deus

Se por um lado temos a grande misericórdia divina em perdoa todos os pecados, há um que se cometido não há perdão.

a. Qual é o significado?

- A palavra blasfêmia significa injuriar, caluniar, vituperar, difamar, falar mal. Antes de mais nada, vamos entender que blasfêmia é um pecado que só pode ser feito com palavras. É um pecado que você comete com a sua boca ou com a sua pena - é um pecado verbal. Tem a ver com o dizer algo contra o Espírito Santo.

- Um crente jamais pode cometer este pecado. Há outros pecados contra a pessoa do Espírito Santo que um cristão pode cometer, ele pode: mentir (At 5:3), entristecer (Ef 4:30, Davi - Sl 51), apagar (I Ts 5:19) deixando de obedecê-lo, honrá-lo e mesmo resistir (At 7:51). Mas nunca um crente pode blasfemar.

- A blasfêmia do Espírito Santo é uma atitude consciente e deliberada de negar a obra de Deus em Cristo pelo poder do Espírito Santo e atribuir o que Cristo faz ao poder de Satanás. É a afirmação de que o poder que atua em Cristo é o Diabo. É dizer que Cristo é agente de Satanás, é aliado do diabo. É um estado de apostasia total. Não é um pecado de ignorância. Não é por falta de luz.É uma inversão diabólica, fria e insensível.

b. Qual é a consequência?

Aquele que cometeu este pecado não terá perdão (I Jo 5:16) é reu de pecado eterno e não terá perdão de maneira nehuma. Decretou em vida seu destino final. Sabemos que o homem até o ultimo momento da vida pode arrepender-se e ser perdoado. Mas aquele que cometeu este pecado não. Ela não se arrependerá mais, não tem mais solução. Seu destino está selado. Ele morrerá eternamente.

Os pecados mais horrendo são perdoados: feitiçaria, assassinato, homossexualismo, adultério, prostituição. Mas esse pecado não tem perdão. Quem peca desta maneira atravessa a linha da oportunidade e torna-se irredimível. O endurescimento é tão grande que seu coração fica inquebrantável, é impossível o arrependimento.

Deus entrega essa pessoa a uma disposição mental reporvável. Não tem mais jeito, nada podemos mais fazer, não há oração que dê jeito. Só resta o juízo final.

c. Por que essa blasfêmia não pode ser perdoada?

O que torna esse pecado tão terrível é sua natureza, precisamente é a natureza de quem é ofendido. A obra do Espírito Santo é: Iluminar a mente dos pecadores, Ef 1:17-18; Revelar e ensinar o evangelho, Jo 14:26; Persuadir as almas a arrepender-se e a crer na verdade, At 7:51. Ele abre a mente de modo que a Palavra de Deus possa ser entendida.

Quem é o Espírito? Ele é aquele que carrega carrega Deus e Cristo para o meio da nossa existência, penetra em nosso espí­rito, consciência e mente como um dedo pontiagudo (Lc 11.20), cria uma possibilidade real de querer e fazer a vontade de Deus (v 35; cf Fp 2.13).

A reação a sua influência patete e clara e a atribuição ao diabo de sua atuação, esta recusa, esta atitude, esta oposição é uma sentença de morte eterna. Irreversível. Em resposta a essa atitude, há endurecimento do coração, vindo da parte de Deus, que impede o arrependimento e a fé (Rm 9:17; Hb 3:12-13). Neste caso, Deus determina que a decisão da vontade humana seja permanente. É o ato de fechar a obra da graça com as próprias mãos!

O Espírito é o hóspede mais importante que se pode imaginar. Ele não entra em nenhum aposento sem bater, e reage ao apelo mais imperceptível de anseio assim como ao endurecimento oculto do coração.(Adolhf Pohl)

Conclusão:

Diante disto três atitudes a serem evitadas:

1. Julgamento – Não podemos saber com certeza que cruzou esta linha divisória da paciência de Deus. Essa decisão não nos pertence. Somente Deus sabe!
2. Desespero – Muitos crentes ficam angustiados e preocupados achando terem cometido tal pecado. O fato é que quem comete jamais tem um pingo de termor ou tremor. Não sentirão tristeza, estão endurescido.
3. Leviandade – Cuidado para que você não cruze esta linha e se ponha num lugar irrecuperável e perda-se para sempre.

terça-feira, 14 de abril de 2009

SIRVA A JESUS!

(O CHAMADO DE CRISTO PARA O SERVIÇO)

Mc 3:13-19

Introdução:

É preciso ter em mente dois chamados distintos realizados por Jesus em Marcos. O primeiro em Mc 1:16-20, onde Cristo chama para o discipulado e agora chama ao apostolado. É necessário fazer uma distinção entre discípulo e apóstolo. Discípulo é um aluno, um aprendiz; apóstolo é um enviado, um embaixador. Os apóstolos foram chamados dentre os discípulos. Todo apóstolo é um discípulo, mas nem todo discípulo é um apóstolo. O apostolado foi um dom temporário e restrito aos doze, portanto, não há sucessão apostólica e nem apóstolos modernos, eles não tiveram sucessores depois da morte; o discipulado é permanente e não tem limite. Os apóstolos foram instrumentos de Deus para receberem a revelação, foram inspirados para registrarem as Escrituras. As credenciais apostólicas são: ter visto Cristo ressurreto, tido comunhão com Ele e ter sido chamado pelo próprio Cristo. Eles receberam poder especial para realizar milagres como prova de sua credencial.
O texto lido trata da escolha de Jesus dos futuros lideres da igreja que ele estava fundando, eles são chamados de fundamentos. Certamente a decisão de escolher os doze foi uma das decisões mais cruciais da história humana. Como foi então realizada esta escolha... (Os Pontos Principais do esboço é de Hernandes Dias Lopes)

I. JESUS ESCOLHE SOBERANAMENTE (13)

1. A Preparação da Escolha

Ele já tinha uma noção devido o tempo de convivência quem ele devia chamar.
Ele passou a noite orando para tomar a decisão segundo a vontade de Deus (Lc 6:12-13)

2. A Natureza da Escolha

a. O que ele quis - Sua vontade soberana. Ele não fez uma pesquisa de opinião pública. Ele não fez eleição entre os discípulos. Ele não escolheu pelos critérios e gostos humanos. Jesus chama quem quer. Ele é soberano! Ele escolheu 12, ou seja ele determinou o número. Ele escolheu somente homens.

Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto (Jo 15:16a)

b. É eficaz, ou seja irresistível. Quando ele chama, esse chamado é realizado. (Jonas, Jeremias 20:7)
c. É incondicional. Ele chamou pessoas simples, não possuindo nenhuma qualidade especial, não chamou endinheirados, famosos, filósofo. Doze homens comuns. Antes eram limitados, pobres, iletrados, temperamentais.

No programa de TV, o “Aprendiz” vemos Roberto Justus escolhendo seu líder por vários critérios: Educação, Esperteza, Iniciativa, Pró-Ativo, Determinado, Inteligente, Personalista, Comunicativo, Simpático, Carismático. Por esses critérios os homens também escolhem seus líderes políticos. Samuel cria que a aparência era um critério adequado para um rei.

Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração. (I Sm 16:7)

Infelizmente às vezes são estes também alguns critérios que os homens acham que devem possuir a liderança espiritual da igreja (pastores e diáconos).

Contudo Cristo escolhe o que ele quer, porque ele vê mais longe. Ele vê o potencial ali e então qual um ourives lapida a pedra bruta a busca da jóia rara. Jesus acertou, sim! Esses homens marcaram a história da humanidade, milhões e bilhões de pessoas foram abençoados pela vida destes homens escolhidos por Cristo.

Quero dizer a você, que se você não vê em si mesmo nenhuma capacidade ou dote extra-ordinário, não sinta-se incapaz ou inapto para ser usado por Deus. Quanto menor o instrumento, maior o poder e maior a glória daquele que o usa!

II. JESUS ESCOLHE PROPOSITADAMENTE ( 14,15)

1. Jesus escolhe para andar com Ele

Temos que lembrar que o Senhor da obra é mais importante do que a obra do Senhor. Ter comunhão com o Senhor é mais importante que ativismo religioso. Antes de servirmos devemos andar com Jesus. Não podemos falar daquele que não conhecemos, e a medida que o conhecemos inevitavelmente serviremos. Jesus chama não para uma função primeiramente, mas para convivência, para aprender com ele, andar com ele. Jesus é a própria mensagem. Jesus deseja que seus líderes tenham conteúdo, caráter e isto precede ao serviço.

Deus está mais interessado no que somos do que no que fazemos. A vida precede o ministério, a vida é o ministério. A maior necessidade de um líder é a intimidade com Deus. É andar com Cristo, em sua presença!

2. Jesus escolhe para pregar o Evangelho

Os apóstolos são mensageiros de Deus. Eram embaixadores, arautos, atalaias de um Rei! Foi lhes dada a honra de falarem do Evangelho da Graça. A pregação é a espinha dorsal do ministério. É a mais importante, fundamental, necessária, indispensável atividade de um líder espiritual. É mais importante que o batismo e a ceia. Os apóstolos deixaram de servir a mesa para se consagrarem a pregação e a oração (At 6:4). Esta é a minha principal atividade na igreja, não a única mais a principal, devo ser lembrado constantemente por isso!

3. Jesus escolhe para exercerem autoridade de expelir demônios

O líder anda com Cristo, prega a Palavra e tem autoridade espiritual para resistir ás forças do mal que oprimem as pessoas. Não é baseado em si, mas no nome de Cristo ele exerce essa autoridade. A autoridade é delegada, vem do alto. Porque no nome de Jesus, não só o líder mais qualquer crente poder exercer autoridade sobre as trevas. É claro que o líder precisa de discernimento para perceber as obras das trevas presente!

III. JESUS ESCOLHE SURPREENDENTEMENTE (16-19)

1. Ele escolhe diferentes tipos de pessoas

Os apóstolos é uma comunidade heterogênea, é um espelho do que deve ser a igreja, a família de Deus. Ela é composta de pessoas diferentes, de lugares diferentes, profissões diferentes. Fico surpreso ao saber que existe a igreja do rico, e do pobre, do branco e no negro, do jovem e dos velhos...Creio que a igreja deve ser espaço para todos: crianças, jovens, casais, divorciados, pobres e ricos, cultos e iletrados. Deus ama a diversidade!

2. Ele escolhe pessoas imperfeitas

Jesus escolheu pessoas com limitações claras. Esses dois aspectos são vistos na vida dos escolhidos:

Pedro – Chamado Simão, pescador por profissão. Homem que falava sem pensar. Inconstante, contraditório e temperamental. Pedro quando não é 8 e 80 isto é visto na lavagem dos pés no cenáculo. Instável e explosivo. Sanguíneo e vulcânico! Capaz de dizer “Senhor para onde iremos...” e depois dizer “Não o conheço...”. Afirma lealdade e desprezo. Por ti darei a própria vida...Nega três vezes de uma forma fria e cruel. Dorme na hora da batalha e foge covardemente.

Tiago e João – Eram explosivos, temperamentais, filhos do trovão. Pediram que descesse fogo do céu sobre os samaritanos. Foram gananciosos e amantes do poder.

André – Homem dos bastidores. Levou seu irmão, Pedro, a Cristo. Falou de Jesus a Natanael.

Felipe – Era um homem cético, racional. No cenáculo perguntou a Jesus: Mostra nos Pai e isto nos basta (Jo 14:8)

Bartolomeu – Um homem preconceituoso. É dele a pergunta: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (Jo 1:46)

Mateus – Funcionário público, a serviço de Roma, coletor de imposto. Publicano, uma classe repudiada pelos judeus.

Tomé – Um homem de cético. Não creu na ressurreição

Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei. (Jo 20:25)

Tiago e Tadeu – Nada sabemos. Alguns são chamados ao anonimato. Não vão estampar como pessoas conhecidas e somente a eternidade revelará a grandeza de suas vidas, que não foi vistas pelos homens, mas por Deus.

Simão, o Zelote – Membro de um partido revolucionário, nacionalista. Defendiam a luta arma. Uma esquerda radical. Oposto ao Publicanos. São visões e ideologias diferentes!

Judas Iscariotes – Natural de Quirot. Não Galileu. Ocupou um lugar de confiança dentro do grupo a ponto de ser o tesoureiro. Mas não era convertido. Era ladrão e roubava. Vendeu a Cristo por 30 moedas de prata, mesquinho, infiel, avarento, traidor, dibalócio e suicida. É estereótipo atual de tudo que não presta.

Aplicações:

1. O chamado é uma ação da graça soberana. Não foi baseada nos méritos. Não foi a fé e nem mesmo o caráter, as habilidades. Jesus chama as pessoas tendo em vista não aquilo que elas são, mas o que venham a ser em suas mãos.

2. Por outro lado, do ponto de vista humano, vemos que eles tinham algo necessário: Prontidão de seguir a Jesus, de aceitar os desafios, de abrir mão da vida. Sem renúncia não há ministério.

Conclusão:

1. Lembremos sempre: Cristo é Senhor, somos Servos. Cristo é tudo, somos apenas instrumentos. Longe de nós, longe de nós, roubar a glória que pertence a Cristo. Ele é tudo!
2. Lembremos que nem sempre os que servem a Cristo receberão louvor. Não servirmos para agradar os homens. Servirmos para agradar a Deus. Ele recompensará! Jesus jamais se esquecerá do seu trabalho. Eu posso esquecer os homens esquecer. Mas Cristo jamais! (I Co 15:58)
3. Um apelo – Disposição para servir! Uma oração – Pelos líderes (diáconos e professores)