sábado, 19 de dezembro de 2009

OS VALORES DO REINO DE DEUS III

Mc 9:33-50

Introdução:

1. Humildade
2. Serviço
3. Tolerância

IV. SANTIDADE

1. O Perigo dos tropeços

Há dois casos de tropeço. Tropeço [skandalon] denota a armadilha que é colocada para fazer alguém tropeçar. É a idéia de dar motivo para alguém apostatar de Deus e acabar causando isto (BLH: fazer abandonar; BV: fazer perder a fé).

a. Você servir de abandono a fé de alguém.

É uma possibilidade terrível, monstruosa nós ao invés de servir alguém na fé, sermos instrumentos para privar alguém da salvação eterna, por causa de algum pecado em nossa vida.

A pedra aqui é a do moinho grande, que era girada por dois burros. Em seu centro havia um buraco onde se derramava o cereal, de tamanho suficiente para enfiá-la pela cabeça de uma pessoa e afundá-la sem que tivesse chance de escapar. É preferível morrer do que causar dano a fé de alguém por causa do seu amor ao pecado. Os pequeninos diz respeito aos fracos e dependentes da fé, aos que não tem importância diante dos homens.

Devemos ter cuidado com as nossas atitudes, com os nossos exemplos, tanto pessoal como igreja para que não afastemos pessoas da graça de Deus.

Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão. [Rm 14:13]

Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, [Rm 16:17]

Não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado. [II Co 6:3]

b. Você viver na prática do pecado

Mas o pecado não só causa dano a outrem, casa também a nós mesmos. Um outro perigo é você viver apegado ao um pecado, e esta prática se constitui um tropeço a sua própria vida. O pecado é um tropeço terrível na vida humana. É uma mazela que causar males sociais, pessoais e espirituais.

2. Exigência da Renúncia

O reino exige renúncia, tudo o que é um obstáculo deve ser radicalmente removido. Qualquer sacrifício é insignificante em comparação com o supremo valor de pertencer a Cristo.

Jesus fala de três figuras: olhos, mãos e pés! Olhos diz respeito ao que vemos. Pode apontar para o olhar lascivo, invejoso ou de desprezo. Olho aqui representa o desejo pecaminoso do nosso coração. A mão fala de nossas atividades, nossas ações, do que fazemos e o pé ilustra o nosso modo de andar pelo mundo, os lugares que gostamos de ir.

Jesus não manda literalmente amputar ou auto-mutiliar. O mal não vêm destes membros, o mal vem do coração [7:21]. Ele ensina que devemos ser radicais na remoção de qualquer obstáculo que se interpõe em nosso caminho para o Reino. Ele espera que sejamos radicais e cortemos toda a fonte que alimenta o pecado.

A mão e o pé decepado e o olho arrancado. São figuras fortes mais ilustram bem o que Jesus espera que façamos na luta contra o pecado e pela santidade. São membros tão fundamentais a nosso bem estar, mas se estão a nos prejudicar nossas almas não importando a dor e perda, tal sacrifício é necessário.

Um membro doente é mortal, ele pode nos matar. Toda amputação é dolorosa. A amputação era feita sem anestesia. Mas amputação é necessária. Não podemos negociar e nem fazer concessões. Quando o pecado no envolve e nos enlaça é como um câncer, uma gangrena, não é fácil, é doloroso, mas é possível e necessário.

Deve ser feito de uma forma total. Se alguém está acometido de um tumor canceroso nos braços nem um médico cortará em duas etapas. Nem em 12 passos! Deve ser abrupta e radicalmente cortada. Não são meias medidas, nem podemos vacilar.

É necessário extirpar algum hábito, abandonar algum prazer pecaminoso, renunciar alguma amizade, separar-se de alguém que se tornou parte da nossa vida. Paulo diria: Faça morrer a vossa natureza terrena.

Renuncie sem meio-termo àquilo que o leva à perdição! Você só conserva a vida se lutar com todas as forças contra si mesmo.

Os judeus na época da páscoa saiam a caça em sua casa da presença de fermento, usavam velas. Reviravam a casa toda, de uma forma diligente vasculhavam todo o compartimento. Assim devemos fazer, vasculhar nossa vida em busca de qualquer pecado que possa nos prejudicar.

“A parte de nós que resgatamos da cruz pode ser bem pequena, mas ela provavelmente será a base de nossos problemas espirituais e de nossa derrota” [A.W. Tozer]

Reserve um momento regularmente a sós. Sem pressa e ore sinceramente como o salmista: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” [sl 139:23-24]

3. A Certeza da condenação eterna

A amputação pode parecer algo cruel e severa demais, mas há um motivo, e que motivo, negligenciar tal medida é caminhar para a condenação eterna.

Vale a pena meu irmão cortar toda tentação e todo o pecado na sua vida. Toda amputação vale a pena. Se alguém tiver que decidir entre perder um olho, uma mão, um pé ou perder sua alma, seria tolice e estupidez escolher preservar um desses membros.

Arruinar a alma através do pecado, perder-se, ser lançado eternamente no fogo do inferno porque você amou o pecado é algo insensato, é insano!

Jesus falou, portanto de uma realidade futura e terrível – o castigo eterno. Este lugar não é uma invenção religiosa, nem uma figura mitológica, é uma realidade. Há céu e há inferno. Há salvação e há perdição. Jesus falou mais do inferno do que do céu. Ele descreveu como um lugar de tormento eterno, onde o fogo não se apaga e o bicho jamais deixa de roer.

Marcos usou a palavra geena. Essa palavra vem do Vale dos filhos de Hinom. Esse local um rei chamado Acaz levantou uma imagem a Moloque. Outro rei, Manasses também fez culto pagão ali. Foi o rei Josias, declarou aquele lugar imundo, assim tornou-se um lixão de Jerusalém que queimava continuamente. Era um lugar sujo, fétido, onde os vermes não jamais deixam de roer e havia sempre fumaça.

Assim o inferno é descrito como um lugar onde o fogo jamais se apaga [Mt 5:22, 10:28, Lc 12:5, Ap 19:20] preparado para o diabo e seus anjos e para todo aquele que não se converteram ao Senhor [Mt 25:46, Ap 20:9-10] É o estado final e eterno do ímpio depois da ressurreição e do julgamento.

Querido existe um inferno, ele é real, terrível e eterno. Não espere acreditar nele por conhece-lo pessoalmente. Esta é uma grandiosa verdade da fé cristã.

Há uma saída – há um escape da condenação que aguarda você – a misericórdia de Deus é que me dá a base de lhe falar que você pode ser salvo desta terrível condenação, há misericórdia abundante para o que crer. Há remissão no precioso sangue de Cristo, que tem o poder e a eficácia de purificar seu pecado e livrar você da ira divina. Há graça para aquele que reconhece seu pecado e clama por perdão. Há poder no sangue do cordeiro que foi imolado, morto, sacrificado por seus terríveis pecado.

Você dirá: Mas eu não sou tão pecador assim. O inferno é para crápulas! Não meu amigo talvez você não pecou como um crápula, mas você pecou. E se pecou sua condenação já está assinada. Você não tem a minha possibilidade de se salvar mediante suas obras. A ofensa é a um Deus que é infinito e a condenação é infinita, portanto somente alguém infinito e puro pode livrar você da condenação.

Sim saia daqui consciente de há um inferno, que eu saio também consciente que lhe adverti. Sim há um horror eterno, há uma penitenciaria eterna para aqueles que não foram persuadidos, para os endurecidos, para os orgulhos. Nunca é possível falar demais sobre Cristo, nunca é possível falar de menos sobre o inferno.

4. A Necessidade de Nos Avaliar

O porque aqui é conclusivo. Cada um é cada discípulo. Fogo aqui não indica juízo destruidor, fala conservação, aponta para o ato de salgar os sacrifícios no AT, uma oferta era aceitável quando houvesse sal. Assim o discípulo precisa ser salgado, purificado, temperado, útil. O sal também é um elemento não só do culto, mas principalmente da culinária. O mundo não sobrevive sem sal, principalmente naquela época sem geladeira. Os discípulos podem perder a pureza e seu valor, perder sua finalidade [insípido]. O sal não deixa de salgar a menos que misturado. Não somente ser sal, mas termos sal, em nossas palavras e relacionamentos.

Jesus falou que devemos nos certificar sobre nossa condição de salvos [sal], de santificados, de purificados. Tende sal... Tiremos do nosso coração qualquer dúvida sobre nossa real condição, de que de fato somos e temos sal, de que o Espírito do Senhor está em nós, nos santificando, nos purificando, nos preservando da corrupção do poder do pecado. Guardemos da contaminação do pecado, oremos para que sejamos guardados puros, para que não caiamos em tentação. Também cuidemos de nossos relacionamentos, buscando viver em paz e humildade e em amor para com os que amam a Cristo.


Conclusão:

1. O reino de Deus exige renúncia para andarmos em santidade
2. O reino de Deus requer condenação para os que rejeitam a santidade